Jorge Costa, do BE, defende que a "disponibilidade de Rio para ser parceiro" do PS "só deu maus resultados para ele próprio". A esquerda "continua as conversas sobre o próximo Orçamento do Estado"
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Jorge Costa considera que o "cimento" que uniu o PS e os partidos da esquerda "não era o PSD" de Passos Coelho, mas os "acordos" firmados depois das eleições de 2015. É por isso que o Bloco desvaloriza a disponibilidade da nova liderança social-democrata para se entender com o PS.
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"A única coisa que Rui Rio conseguiu com esse discurso foi posicionar-se como um fator supletivo, uma força secundária, cujo projeto é ser muleta do Partido Socialista, numa próxima legislatura".
Para Jorge Costa, "há uma parte da direita que está disposta a tudo para afastar o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista de qualquer influência na governação" e essa pressão "parece ter algum acolhimento no discurso de Rui Rio que se presta a ser essa muleta desde que a esquerda fique "afastada do centro das decisões. É um projeto fraquinho", conclui.
"Eu julgo que essa disponibilidade de Rui Rio para ser parceiro de entendimento maioritário com o Partido Socialista, até agora, só deu maus resultados para o próprio o Rui Rio."
O dirigente do Bloco de Esquerda sublinha que "o próprio António Costa já veio dizer que está interessado que atual solução dure até ao fim da legislatura e em reabrir o diálogo com a esquerda. Já os partidos à esquerda, sublinha Jorge Costa "continuam as suas conversas quotidianas com o Governo, tendo em conta o próximo Orçamento do Estado".