Duarte Cordeiro tem sido um dos nomes apontados a Lisboa e participou na reunião
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Ainda não é tempo para definir os candidatos (embora Duarte Cordeiro tenha estado na reunião), mas há vontade no maior partido de esquerda de criar entendimentos para as eleições autárquicas. Pedro Nuno Santos, do PS, e Rui Tavares, do Livre, sentaram-se à mesa, numa primeira reunião para criar pontes em 2025.
O objetivo é mobilizar a esquerda, como Rui Tavares já tinha salientado, quando convidou todos os partidos para reuniões, mas Pedro Nuno Santos traça agora a mesma meta.
“Ficou claro para os dois partidos que há disponibilidade dos dois lados para continuarmos a conversar e provavelmente, ou porventura, encontrar soluções de trabalho em conjunto, nomeadamente para as eleições autárquicas, desde logo em Lisboa”, disse o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Também Rui Tavares, do Livre, pede um acordo “abrangente com os outros partidos de esquerda”, assente “num programa comum” para “melhorar as cidades” e “fazer frente ao conservadorismo”.
Desde logo, na Câmara de Lisboa, liderada por Carlos Moedas, que tem sido o principal alvo dos partidos de esquerda. Curiosamente, o antigo ministro Duarte Cordeiro participou na reunião, e tem sido insistentemente apontado como um dos nomes socialistas em cima da mesa para a autarquia da capital. Pedro Nuno Santos, para já, não concretiza.
“Nós escolheremos os melhores candidatos, que são quem oferece ao PS condições para fazer um bom trabalho autárquico. É, verdadeiramente, o mais importante. Nós não queremos só ganhar”, insiste, dando o exemplo da vitória do PSD, com Carlos Moedas, que não se traduziu em melhorias, na opinião dos socialistas.
Agora é tempo de definir as políticas, não os rostos das candidaturas, acrescentam os protagonistas partidários. Mas Rui Tavares até fala em afinidades pessoais: “Temos boas relações, até de alguma afinidade ideológica, com as pessoas com quem estivemos a falar”, respondeu sobre Duarte Cordeiro.
Da reunião ficou ainda o entendimento para futuras conversas, de olhos postos nos próximos desafios eleitorais, sejam os “previsíveis”, como as autárquicas, mas Rui Tavares também não exclui novas eleições legislativas.