Pedro Delgado Alves, vice-presidente do grupo parlamentar, considera que as afirmações dos social-democratas revelam "desconhecimento" e uma tentativa "muito forçada" de encontrar nexo de causalidade.
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O PS acusa o PSD de estar a tentar criar um "caso que não existe". É a reação dos socialistas à posição manifestada pelo PSD, que, em relação ao caso Skripal, acusa o Governo de ter uma posição "tímida e condicionada" pelo PCP e BE, defendendo que o Executivo liderado por António Costa deveria promover a expulsão imediata de diplomatas russos, tal como fizeram a maioria dos países da União Europeia.
Pedro Delgado Alves, vice-presidente da bancada socialista, diz não perceber as afirmações do líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão. "O PSD entendeu tomar uma posição incompreensível face ao histórico das relações diplomáticas e àquilo que têm sido as posições prudentes deste e de anteriores governos de Portugal", disse o deputado socialista.
E acrescenta: "O PSD revela também desconhecimento sobre as posições que Bloco de Esquerda e PCP têm tomado sobre esta matéria, mas sobre isso não cabe ao PS pronunciar-se", disse.
Antes, o PSD tinha considerado que a "única explicação" para a decisão do Governo seria o facto de "se sentir condicionado pela aliança com PCP e BE", disse Fernando Negrão, que anunciou também o pedido de "audição urgente" do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
No parlamento, o deputado do PS, Pedro Delgado Alves, salientou que o Governo tem lidado com a situação da forma "mais adequada", considerando que ao chamar o embaixador português em Moscovo, o Executivo revela "bom senso".
"A posição do Governo português não é distinta daquela que foi adotada por vários países aliados que tomaram decisões similares compatíveis e totalmente razoáveis face às circunstâncias que o caso exige", disse o socialista, que conclui: "Não há razões para outras medidas para além destas".