PS de Cascais indica João Ruivo como candidato às autárquicas. Apoiar Jonet "não esteve em cima da mesa"
Marcos Perestrello foi apontado como candidato socialista, mas deu um passo atrás para concorrer às legislativas
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O PS de Cascais indica João Ruivo como candidato à câmara municipal. O nome foi aprovado na noite desta quinta-feira em reunião da concelhia socialista, com 86% dos votos, e vai disputar a autarquia com o candidato do PSD Nuno Piteira Lopes, atual vice-presidente da câmara. Ao que tudo indica, também o comentador político João Maria Jonet vai avançar, como independente, assim como o deputado do Chega António Pinto Pereira.
Inicialmente, o deputado Marcos Perestrello foi apontado como candidato socialista, mas deu um passo atrás para concorrer ao Parlamento nas eleições legislativas. Em entrevista à TSF, o gestor e presidente do PS Cascais, João Ruivo, garante que não se sente uma segunda escolha.
“Segunda escolha tem um sentido depreciativo. Existe mais do que uma boa escolha para o município. Havia uma que foi entendida, na altura, seguir, não sendo seguida houve outra escolha que é igualmente boa, que vai liderar este processo. O nosso trabalho passa por demonstrar que estamos preparados, que conhecemos o município e que temos ideias para o fazer”, responde.
João Bravo lembra que o PS já liderou a autarquia, no tempo de António Guterres, e rejeita a ideia de que Cascais é um concelho tendencialmente à direita: O PS “ganha eleições em Cascais, legislativas e europeias”.
O Expresso noticiou que o PS poderia apoiar o candidato independente João Maria Jonet, que milita no PSD. João Ruivo garante que essa nunca foi uma opção “colocada em cima da mesa”. “Estive sempre em estreita ligação quer com a estrutura da Federação da Área Urbana de Lisboa e com as estruturas nacionais da PS”, acrescenta.
A autarquia de Cascais é liderada pelo PSD há várias décadas e, neste ano, o atual presidente Carlos Carreiras atinge o limite de mandatos. João Ruivo admite que nem tudo foi mal feito, mas lamenta que Cascais seja visto apenas como um “dormitório”, com preços inacessíveis para a classe média.