PS diz que Estado tem dever de "dar apoio consular" e "garantir segurança" de portugueses detidos por Israel
João Torres refere que "o Estado deve assegurar de forma neutra a qualquer cidadão português"
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O PS manifestou na quarta-feira preocupação com a detenção de portugueses da flotilha humanitária para Gaza pelas autoridades israelitas, considerando que o Estado tem a obrigação de dar apoio consular e garantir segurança, independentemente de qualquer “apreciação política”.
“O PS acompanha com preocupação os desenvolvimentos que têm vindo a público. É fundamental que o Estado exerça os seus deveres para com os cidadãos portugueses e concentrar-se e focar-se no apoio consular e nos deveres de Estado de acompanhamento de cidadãos nacionais, garantindo a sua plena segurança”, disse, em declarações à Lusa, o dirigente e deputado do PS João Torres.
Para o socialista, esta é a “obrigação do estado português” e em causa “não está sequer o motivo ou qualquer apreciação política que o Governo ou qualquer cidadão possa ter sobre a iniciativa em si da flotilha”.
“O Estado tem deveres de proteção de cidadãos nacionais e é fundamental que eles sejam acionistas e essa é a dimensão que o Estado deve assegurar de forma neutra a qualquer cidadão português”, apelou.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e a atriz Sofia Aparício, foram na quarta-feira detidas por Israel, após a interceção da embarcação onde seguiam, integrada na flotilha humanitária para Gaza, adiantou à Lusa a dirigente bloquista Joana Mortágua. O ativista Miguel também acabou ser detido mais tarde.
Manifestando repúdio pela detenção, Joana Mortágua realçou que é ilegal, acrescentando que ainda não tinha informações sobre o outro português integrado na flotilha, o ativista Miguel Duarte, nem sobre a embarcação onde seguia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na quarta-feira ter confirmado junto do Governo que os portugueses detidos terão apoio consular da embaixada de Portugal em Israel, após a interceção da flotilha que seguia para Gaza.
A flotilha internacional com destino a Gaza com ajuda humanitária, na qual seguiam três portugueses, entre os quais a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, foi na quarta-feira intercetada pela Marinha de Israel.
