Carlos Carvalhas defendeu, no programa Pares da República, que a próxima solução governamental sairá da "relação de forças" entre o PS e os partidos da esquerda.
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É "possível e desejável" que o próximo Governo junte o PS e a esquerda, diz Carlos Carvalhas, antigo secretário-geral do PCP. No programa Pares da República , da TSF, o atual membro do Comité Central sublinhou que tudo depende dos resultados das próximas eleições.
"É da relação de forças que possa existir entre o Partido Socialista e os partidos à sua esquerda, designadamente em relação ao PCP, que a solução governamental futura se pode realizar. É possível? É. É desejável? É. Tudo depende dos resultados eleitorais.", reforçou.
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Depois de, no último fim de semana, o Bloco de Esquerda ter insistido que está pronto para governar, Carlos Carvalhas não exclui que o PCP possa vir a fazer parte de um futuro Governo.
"Nós não queremos ir para o Governo para ter dois ou três ministros. Depende do conteúdo, até podemos ter só um ou dois. Se virmos que podemos influenciar e se virmos que o programa estabelecido entre os partidos é, no nosso ponto de vista, um avanço para a sociedade portuguesa, assumimos todas as responsabilidades", garantiu Carvalhas.
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Quanto à questão europeia, o convidado do Pares da República fez notar que o PCP tem posições "muito diferentes" das do PS. "As questões europeias estão em andamento. Uma coisa é termos as posições que temos, outra é sermos realistas e ver com o que se pode avançar, o tal conteúdo da política".
Manuela Ferreira Leite também esteve no Pares da República e considerou que o Bloco "transformou-se" com o "cheiro a poder" .