A sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios mostra que, pelo quarto mês consecutivo, os socialistas caem nas intenções de voto.
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O PS consegue em junho 37% das intenções de voto. É uma queda de 7 décimas em relação ao mês passado. Comparado com sondagens feitas há um ano, o partido liderado por António Costa recolhia quase mais 7 pontos percentuais.
Já o PSD sobe, mas pouco - uma décima em relação ao mês passado. Os sociais-democratas recolhem 27,8% das intenções de voto, o melhor resultado desde que Rui Rio assumiu a presidência do partido.
O Bloco de Esquerda é quem conquista melhores resultados - sobe 3 décimas em relação a maio, alcançando 10,3%. A CDU recua meio ponto percentual para os 7,2% enquanto o CDS cai 4 décimas para os 6,3%.
Quanto à avaliação dos líderes partidários, à exceção de Rui Rio, todos descem. De 0 a 20, António Costa recua de maio para junho 4 décimas. Obteve 12,2 valores.
Rui Rio sobe uma décima e chega a junho com 11,1 valores.
Os restantes líderes descem 5 décimas - Catarina Martins é avaliada com 10,4 valores, Jerónimo de Sousa 9,1 e Assunção Cristas 8,3 valores.
Quanto ao desempenho dos ministros, Mário Centeno é considerado por quase 32% dos inquiridos como o melhor ministro do atual governo. Tiago Brandão Rodrigues, o ministro da Educação, é apontado por pouco mais de 22% das pessoas consultadas como o pior ministro do executivo de António Costa.
A sondagem da Aximage foi realizada entre os dias 9 e 12 de junho, através de entrevistas telefónicas a 602 pessoas. Tem uma margem de erro de 4%.
"Bye Bye maioria absoluta"
A fórmula é apontada por Luís Marques Mendes. Na SIC Notícias, o comentador defendeu que o PS está a seguir um caminho sem saída.
"Pelo andar desta carruagem, se o PS e o Governo não mudam de comportamento, a maioria absoluta foi à vida. É Bye Bye maioria absoluta", defendeu o comentador, que fala de um Governo "esgotado, que não tem objetivos, que não tem uma agenda mobilizadora".
A queda nas sondagens é explicada por Marques Mendes - "Há casos a mais e causas a menos".
"Neste momento, o PS está a ser prejudicado por situações como o caso José Sócrates, o caso Manuel Pinho, o caso do ministro Siza Vieira (...), o divórcio com os professores, estas questões dos serviços de saúde, mais as guerrinhas dentro da 'geringonça'... Tudo isto causa desgaste".
Marques Mendes salientou ainda os maus resultados do CDS nesta sondagem e a subida tímida do PSD, que o comentador diz ser "ao contrário do PS - deixou de ter casos que tinha, mas ainda não tem causas". E isso, acredita, anuncia uma potencial ingovernabilidade.
Para Anselmo Crespo, os grandes partidos "estão a perder gás". O editor de Política da TSF defende que, se continuar este caminho, o PS arrisca-se perder a maioria absoluta.
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