PS poderá “recomendar” apoio nas presidenciais, mas “não manda no voto dos seus militantes”
O PS falava abertamente em “apoio” a um candidato, agora passou a “recomendação"
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António José Seguro já avançou formalmente, António Vitorino e Augusto Santos recuaram, mas o antigo presidente da Assembleia da República lançou a candidatura independente de António Sampaio da Nóvoa. Pedro Nuno Santos tinha prometido uma posição do PS para as eleições presidenciais, mas com José Luís Carneiro a história pode ser diferente. Carlos César avisa, desde já, que o PS apenas fará uma recomendação e os militantes são livres de votarem no candidato que entenderem.
Antes, o PS falava abertamente em “apoio” a um candidato, agora passou a “recomendação”. Uma recomendação que pode até nem existir, caso o PS opte por não se cingir a apenas um candidato, embora Carlos César admita que essa é a maior probabilidade.
“O Partido Socialista poderá ter uma posição formal e é natural que o tenha, já que a última Comissão Nacional desenhou essa possibilidade como a maior, mas, em todo o caso, o Partido Socialista não manda no voto dos seus militantes e muito menos no voto dos seus eleitores. Terá apenas uma recomendação sobre essa matéria”, notou o presidente do PS.
Em 2016, Sampaio da Nóvoa recolheu o apoio de vários socialistas, incluindo, de Carlos César. O presidente socialista, confrontado com esse apoio, remata: “Disse bem, da última vez.”
Quer isso dizer que desta vez será diferente? “Sobre essa matéria, falarei na oportunidade que entendo devida, desde logo, porque sou presidente do PS, e sendo presidente do PS também sou presidente da Comissão Nacional, que será justamente o órgão onde essa matéria será discutida. E, portanto, o que tiver a dizer será nessa altura ou a seguir a essa ocasião”, respondeu.
Ou seja, depois de outubro. Por agora, o PS está concentrado em continuar como número um nas eleições autárquicas.