PS quer alargar bolsas a 100 mil estudantes e aumentar Fundo de Ação Social para 150 milhões de euros
O PS desafia ainda o Governo a largar o complemento de deslocação a todos os alunos bolseiros
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O PS recomenda ao Governo que reforce o número de bolsas no ensino superior. Os socialistas querem que as bolsas beneficiem cem mil alunos e pedem também ao Executivo que aumente o valor do fundo de ação social: o objetivo é que atinja os 150 milhões de euros até ao final da legislatura.
São propostas que vão a debate na sessão plenária desta quinta-feira. Em declarações à TSF, a deputado socialista Isabel Ferreira desafia ainda o Governo a olhar para os territórios de baixa densidade, no interior do país, apoiando o transporte semanal dos estudantes.
“Atualmente, quem estuda no perímetro das áreas metropolitanas, tem acesso aos espaços sociais, o que permite que estes estudantes se desloquem facilmente e gratuitamente das suas residências para as instituições de ensino superior que frequentam. Mas no interior isso não existe. Sabemos também que as condições das redes de transporte são mais débeis e, por isso, gostaríamos que através do programa +Superior existisse um apoio a essa deslocação semanal pendular dos estudantes”, explica a deputada.
O PS desafia ainda o Governo a largar o complemento de deslocação a todos os alunos bolseiros. Define também como objetivo a meta de 30 mil casas em oferta pública de alojamento, em 2028. Por enquanto, estas são apenas recomendações ao Governo, mas a deputada Isabel Ferreira admite ir mais longe se o Orçamento do Estado for discutido na fase de especialidade.
“Esta recomendação é feita em coerência com o que foi o nosso plano eleitoral, onde estavam previstas estas medidas e, portanto, a nossa responsabilidade também para com os eleitores é esta. Naturalmente, relativamente ao Orçamento de Estado, estamos a analisar todas as componentes desta área também da educação, da ciência e da inovação e estaremos sempre disponíveis para apresentar as soluções para servir os interesses dos portugueses”, acrescentou, escusando-se a responder se a fase de especialidade do Orçamento está em aberto, tendo em conta o impasse quanto à viabilização do documento.
Em cima da mesa, no debate desta quinta-feira, vão estar propostas também do Bloco de Esquerda, PCP, Livre, CDS-PP e PAN, para alargar a ação social escolar, mas também prestar serviços de saúde mental aos estudantes, como pede o partido de Rui Tavares.