O PSD reage às declarações do líder socialista dizendo a ministra das Finanças vai esclarecer "transparência e veracidade" das contas públicas. Marco António Costa diz que só o desespero pode justificar as insinuações feitas e lamenta que o PS não admita a derrota nas eleições.
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Marco António Costa acusou, este sábado, o líder do PS de lançar suspeitas graves sobre as contas do país numa altura em que Portugal precisa de estabilidade.
Na sexta-feira, em entrevista à TVI24, o secretário-geral do PS, António Costa, queixou-se de não lhe ser fornecido "o essencial dos dados económicos e financeiros" e afirmou que nas reuniões que teve com PSD e CDS-PP estes "foram sempre deixando cair uma nova surpresa desagradável que se vai tornar pública um dia".
António Costa falou em "omissões gravíssimas" e acrescentou que, "infelizmente, os portugueses hão de saber, porque há um limite para a capacidade de o Governo omitir e esconder do país dados sobre a situação efetiva e real" em que Portugal se encontra.
O porta-voz do PSD, em conferência de imprensa na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa, rejeitou que estejam a ser escondidos dados sobre a situação do país, como acusou o secretário-geral do PS, e adiantou que a ministra das Finanças esclarecerá a "transparência e veracidade" das contas públicas.
Marco António Costa declarou-se "deveras surpreendido" com as "insinuações graves" de António Costa, considerando que "não houve nada que possa justificar essas afirmações" nos dois encontros que PSD e CDS-PP tiveram com o PS, nos quais participou.
O também vice-presidente do PSD considerou que só o desespero pode justificar radicalização do discurso de António Costa e considerou que as declarações do secretário-geral socialista são inaceitáveis.
Marco António Costa voltou a lamentar que o PS não assuma a derrota que sofreu nas eleições e acrescenta que, com esta atitude, é difícil conduzir negociações sérias e construtivas.
* Notícia atualizada às 13h50 com informação sobre ministra das Finanças