PSD admite governar com "maioria relativa", PS fala em "semanas decisivas" para indecisos
Hugo Soares, secretário-geral do PSD e João Torres, secretário-geral do PS, reagem à sondagem mais recente da Aximage para a TSF, JN e DN que coloca PS na liderança com esquerda e direita em empate técnico.
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O PSD está preparado para governar com uma maioria relativa, garante o secretário-geral do PSD, Hugo Soares em resposta à sondagem da Aximage para a TSF, JN e DN que esta segunda-feira coloca o PS no primeiro lugar das intenções de voto, com uma margem de 5,4 pontos percentuais para a Aliança Democrática (AD).
“Se o PSD ganhar com uma maioria relativa, governará com uma maioria relativa”, afirma Hugo Soares em declarações à TSF, voltando, por outro lado, a abrir a porta a um entendimento com a Iniciativa Liberal.
"Se com o apoio da Iniciativa Liberal, atingirmos uma maioria absoluta de mandatos no Parlamento, é um parceiro com quem podemos conversar. Ou se tivermos uma maioria absoluta, governaremos com uma maioria absoluta, sempre no respeito por todas as forças democráticas que concorrem às eleições, mas sobretudo muito respeito com os portugueses.”
Pelo contrário, o Chega nunca será parceiro político dos sociais-democratas, reitera Hugo Soares.
“Temos sido absolutamente claros: nós não governaremos com o apoio parlamentar do Chega, portanto, isso é uma questão que está mais dirimida, decidida e creio que, neste momento, até os partidos da oposição que foram agitando esse papel durante muito tempo já perceberam que (...) o PSD não contava com o Chega.”
Por sua vez, João Torres, secretário-geral adjunto do PS e diretor de campanha de Pedro Nuno Santos, afirma que as próximas semanas serão decisivas para os leitores indecisos.
“A sondagem que importa - e é para essa que trabalhamos todos os dias - é a sondagem do dia 10 de março, em que os eleitores irão às urnas e vão votar e escolher a composição da Assembleia da República”, destaca.
“É óbvio que é sempre melhor ter sondagens em que os resultados são positivos. No caso para o Partido Socialista, mas ainda faltam três semanas pela frente, e são semanas decisivas para os eleitores indecisos poderem escolher aquele que é o partido no qual vão confiar o seu voto.”
Para já, João Torres diz que o PS está apenas focado no seu programa e ideias.
“O Partido Socialista neste momento está unicamente focado, unicamente concentrado, em apresentar as suas propostas, em apresentar as medidas que tem para o país.”
“Naturalmente queremos ter um número maior de votos possível, mas cabe aos eleitores decidir quantos votos terá o PS, assim como as outras forças político-partidárias que concorrem neste ato eleitoral.”
Segundo a sondagem mais recente da Aximage para a TSF, JN e DN, se as eleições fossem hoje, o PS voltaria a vencer, mas sem garantir lugares suficientes para a governação, com 33,1% das intenções de voto.
A AD de Luís Montenegro arrecada 27,7% das intenções de voto, uma ligeira subida face à última sondagem.