Paulo de Almeida Sande é assessor do Presidente da República e vai candidatar-se nas eleições europeias pelo novo partido liderado por Pedro Santana Lopes.
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A candidatura de Paulo de Almeida Sande como cabeça de lista às europeias pelo partido Aliança ainda dá que falar, mas PSD, CDS e Presidente da República estão alinhados numa ideia: se é legal, nada há a fazer.
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a abordar o assunto e garantiu que apenas é necessário "suspender funções a partir do momento em que se formaliza a candidatura". "É a aplicação da lei", reiterou, recordando que esta não é a primeira vez em que algo do género acontece.
"Devo recordar que na Presidência da República trabalham um dirigente nacional do PSD, uma dirigente socialista na UGT, vários autarcas do PSD e do CDS, um dos elementos que trabalha no programa governamental do CDS. Houve sempre essa abertura para respeitar um direito consagrado na lei", afirmou em declarações aos jornalistas à saída da Basílica da Estrela onde participou na missa em memória de Francisco Sá Carneiro e restantes vítimas do acidente de Camarate, em 1981.
"Quando se aplica a lei tem de se aplicar a lei, a lei dá esse direito. O que seria se o Presidente da República recusasse um direito previsto na lei?", questionou ainda o chefe de Estado.
Por outro lado, Rui Rio confirmou que teve uma conversa com Marcelo, mas desvalorizou o tema e ressalvou que em nada prejudica os social-democratas. "Não considero que esteja, sinceramente, a prejudicar o PSD em nada, está no seu direito e o assessor dele que se candidata está também no seu direito. Não vejo problema completamente nenhum, aliás, tanto como sei já não é o primeiro caso", frisou o líder do PSD.
Também Nuno Magalhães foi questionado sobre o tema e recordou que "O Presidente da República já esclareceu esse ponto, decorre da lei e não há nenhum comentário a fazer".
"Não sei se é uma questão de normalidade ou não, é uma questão de legalidade e a legalidade prevalece sob qualquer tipo de opinião que possa ter", acrescentou ainda o centrista.
Nuno Magalhães ressalvou que o "CDS fará o seu caminho e está preocupado e focado e irá ter um grande resultado", justificando que "partiu à frente, apresentou os seus candidatos, excelentes candidatos" e assegurando que o partido está "focado nisso".