Pedro Duarte, do PSD, considera que ter Mário Centeno na presidência do Eurogrupo é uma oportunidade que o país deve agarrar. Mas Jorge Costa, do BE, não vê nenhuma vantagem na situação.
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O social-democrata Pedro Duarte defendeu que PSD e CDS-PP devem apoiar uma eventual candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo. No programa da TSF "Política Pura", o antigo deputado do PSD afirmou que ter um presidente português do Eurogrupo "é uma oportunidade única" e que o país "deve aproveitá-la".
Pedro Duarte declarou mesmo que "não há um argumento para se poder, de alguma maneira, estar contra esta candidatura".
"A razão que pode fundamentar que partidos como PSD e CDS apoiem expressamente esta candidatura - e eu defendo que o façam - é que, do ponto de vista europeu, não podemos apontar uma divergência do atual ministro das Finanças face àquilo que é uma conduta que vinha já do passado", afirmou o social-democrata.
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"Há, com certeza, muitas razões para criticar o ministro das Finanças na sua política orçamental", alegou Pedro Duarte, "mas no que diz respeito ao cumprimento de alguns compromissos e orientações em termos europeus, eu acho que não se tem visto uma grande divergência nem uma grande diferença".
Já Jorge Costa, deputado do Bloco de Esquerda, desvaloriza uma eventual candidatura do ministro das Finanças ao cargo, defendendo que não será por ter um português à frente do Eurogrupo que os interesses nacionais estarão mais protegidos.
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"Não é uma questão de contar com o apoio [do Bloco de Esquerda], é de que o Eurogrupo é um organismo cuja função e cuja estrutura não merece qualquer confiança da esquerda e do povo português", esclareceu.