David Justino defende que o Governo devia ter enviado o relatório sobre a CGD para o Ministério Público. Fez tudo o que pôde, responde Carlos César.
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David Justino e Carlos César estão em linha: algo de muito errado se passou nas passadas administrações da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
"Quando o Estado se mete a tomar conta de setores bancários e existe esta promiscuidade, quase uma promiscuidade oligárquica, as coisa correm mal e são os portugueses que terão de pagar", condena o vice-presidente da direção do PSD.
David Justino é o novo protagonista dos "Almoços Grátis", uma vez que, por opção do próprio, Luís Montenegro decidiu abandonar o programa que fez com Carlos César durante um ano e meio.
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Para David Justino, fugas de informação como a que que permitiu a Joana Amaral Dias divulgar na comunicação social ao relatório preliminar da auditoria da EY aos créditos mal parados da CGD são condenáveis. É preciso mais transparência para evitar "por em causa a idoneidade das instituições.
"O que nos interessa não é saber propriamente se é o senhor A, B ou C. O que interessa é saber porque foram concedidos determinados tipos de crédito e porque é que alguns estão praticamente inquebráveis", diz.
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Carlos César defende, por seu lado, que o Governo fez tudo o que podia neste caso. Enviou o relatório para o Banco de Portugal e para o Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu, bem como a outras autoridades judiciais e de regulação, assegura.
"O Ministério Público pediu o relatório", afirma o socialista, mas não pode dizer que tenha sido enviado pelo Governo.
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Carlos César não considera justo atribuir ao Estado responsabilidade pelo que se passou no banco público. "Houve, no mínimo, muita incúria."
(Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues)