O PSD já manifestou disponibilidade para aprofundar diálogo com o PS que, por seu turno, diz que fez o que lhe competia e que "continua à espera" dos nomes do PSD para a ERC.
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O PS considerou esta quinta-feira que fez o lhe competia para cumprir os prazos de nomeação do novo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), mas continua à espera dos nomes a indicar pelo PSD.
Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, no final da reunião semanal da bancada do PS.
"Em matéria de resolução da questão da designação dos novos membros da ERC, o PS tem sido bastante diligente, tendo indicado já dois nomes: [o jurista] João Pedro Figueiredo e [o jornalista e professor universitário] Mário Mesquita", defendeu o vice-presidente da bancada socialista.
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Neste contexto, João Paulo Correia referiu que o PS "continua à espera que o PSD indique os seus dois nomes para que, com quatro elementos, possa ser cooptado um quinto elemento para constituir o Conselho Regulador da ERC".
Já o líder parlamentar do PSD recusa "passar a culpa uns para os outros", assumindo que a responsabilidade pelo atraso é de ambos.
No final da reunião do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro foi questionado sobre o impasse registado quanto à eleição que o parlamento terá de fazer de quatro elementos para o conselho regulador da ERC, que terminou o seu mandato em novembro.
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O presidente da bancada do PSD lembrou que há outras eleições que terão de ser marcadas e realizadas pelo parlamento para vários órgãos externos e sublinhou que, no caso da ERC, é necessária uma maioria de dois terços, o que implica um entendimento prévio entre os dois maiores partidos.
"Neste momento ainda não conseguimos obter esse entendimento, daí a eleição não estar ainda marcada", justificou.
Luís Montenegro referiu "toda a disponibilidade" do PSD para chegar a esse entendimento, mas apontou uma das razões que têm estado na origem do impasse com o PS. "A própria dinâmica dessa eleição impõe que o acordo não só viabilize a escolha dos quatro membros que o parlamento tem de eleger, como todo o modelo de funcionamento da ERC para este novo mandato", disse, salientando que foi isso que aconteceu em processos anteriores.