PSD: Propostas para Programa de Reformas não representam alteração de estratégia
Luís Montenegro considera que os sociais-democratas têm obrigação de contribuir para um documento nacional.
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O líder parlamentar do PSD rejeitou esta quarta-feira que a apresentação de propostas para o Programa Nacional de Reformas represente uma alteração da estratégia do partido, considerando que os sociais-democratas têm obrigação de contribuir para um documento nacional.
"Não mudámos de estratégia", assegurou o presidente da bancada do PSD, Luís Montenegro, em conferência de imprensa realizada no parlamento, onde foram divulgados dois dos seis projetos de resolução que o partido vai apresentar nas próximas semanas, um por cada eixo do Programa Nacional de Reformas.
Recusando a ideia que os sociais-democratas se demitiram de intervir na discussão do Orçamento do Estado para 2016, quando optaram por não apresentar qualquer proposta de alteração, Luís Montenegro considerou que no domínio do Programa Nacional de Reformas o PSD tem "obrigação como principal partido da oposição de dar um contributo para um documento que é um documento nacional que é apresentado aos órgãos da União Europeia e que vai servir de base às políticas públicas dos próximos anos".
"Nós estamos muito tranquilos e muito convictos da estratégia que seguimos até aqui e da que vamos seguir no futuro", vincou.
A não apresentação de propostas de alteração do Orçamento do Estado, continuou, aconteceu porque, do ponto de vista do PSD, o documento não tinha "emenda possível" e não podia ser "perturbado por qualquer medida que avulsamente fosse aprovada sem o apoio do PS".
Ou seja, justificou o líder parlamentar do PSD, por um lado, a estratégia seguida pelo partido no Orçamento do Estado serviu para marcar a diferença entre as opções defendidas pelo Governo e as opções dos sociais-democratas, as quais já tinham ficado claras no programa do Governo PSD/CDS-PP que o parlamento chumbou em novembro.
Por outro lado, acrescentou, desta forma o Orçamento para 2016 "corresponde integralmente" àquela que foi a vontade do Governo.
"Não nos demitimos de intervir na discussão do Orçamento", frisou.