Assunto foi levado para reflexão na última Conferência de Líderes pelo líder parlamentar do PSD. Prática em vigor dá os mesmos direitos para agendamentos comuns a todos os grupos parlamentares.
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O PSD levou para reflexão dos partidos, na última Conferência de Líderes, a possibilidade de os agendamentos comuns refletirem a proporcionalidade, acabando com a prática em vigor que procura assegurar um agendamento a cada grupo parlamentar por quinzena. A ser implementada, a medida beneficiaria o PSD, o PS e o Chega em detrimento das restantes forças.
À TSF, o líder parlamentar Hugo Soares apenas clarifica que "o PSD quer que a Conferência de Líderes reflita acerca da possibilidade dos agendamentos respeitarem, como tudo o resto, a proporcionalidade e os resultados eleitorais. Como, aliás, tudo o que de resto acontece na Assembleia da República".
O regimento da Assembleia da República é relativamente omisso em relação aos agendamentos comuns, quantificando apenas os direitos potestativos para as interpelações ao governo, os debates de atualidade, o direito à fixação da ordem do dia e os debates de urgência.
Na última revisão do regimento, o tema até foi abordado, mas não houve consenso, mantendo-se a prática de um agendamento por cada grupo parlamentar. O que é argumentado por alguns partidos - e que, sabe a TSF, foi lembrado na última Conferência de Líderes - é de que a diferenciação decorrente da dimensão de cada grupo se faz por via dos potestativos.
Em último caso, a decisão acerca dos agendamentos é tomada pelo Presidente da Assembleia da República, auscultada a Conferência de Líderes.