O PSD junta-se, assim, ao CDS, e pede a audição urgente da ex-diretora do SEF e da ministra da Administração Interna.
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O PSD pediu esta sexta-feira a audição urgente, no parlamento, da ex-diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luísa Maia Gonçalves, sobre os motivos da sua demissão, preocupado com a situação de turbulência no serviço.
"Apesar de se ter demitido", o PSD não prescinde de ouvir a ex-diretora do SEF e a ministra da Administração Interna "o mais rapidamente possível" porque a situação é de "uma gravidade extrema", afirmou à Lusa o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim.
O governo justificou a demissão, na quarta-feira, com o incumprimento de objetivos, por parte de Luísa Maia Gonçalves, mas o 'Diário de Notícias acrescentou que existia um mal-estar com a ministra depois de o SEF dar parecer negativo ao projeto para simplificar a lei dos estrangeiros, proposta pelo PCP e BE e aprovado pelos partidos da sequer, no parlamento.
"Queremos saber que objetivos, como e porquê não foram atingidos. É fundamental" ouvir a diretora do SEF que se demitiu, afirmou ainda.
Para Carlos Abreu Amorim, o SEF vive um "estado geral de turbulência" e, devido às alterações à lei dos estrangeiros, em duas semanas registaram-se mais de 10 mil pedidos de residência, por comparação com a média de 300 por semana.
"A ministra estragou a proteção civil e agora está a derrubar o SEF", disse, acusando o governo de querer tornar Luísa Maia Gonçalves "bode expiatório" das "políticas erradas" do executivo.
A diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Luísa Maia Gonçalves, apresentou na quarta-feira a sua demissão, na sequência de uma reunião solicitada pela ministra da Administração Interna com a intenção de a exonerar, anunciou o Governo.