Os social-democratas entendem que, na última audição, Adalberto Campos Fernandes usou uma estratégia de "toca e foge" para não responder aos deputados.
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"Há dezenas de questões importantes e que foram colocadas ao senhor ministro [da Saúde] e em que o senhor ministro se caracterizou pela lógica do toca e foge", disse o deputado Miguel Santos no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro.
Apenas uma semana depois de o parlamento ter ouvido Adalberto Campos Fernandes, o grupo parlamentar do PSD requer uma nova "audição urgente" do ministro da Saúde na Comissão de Saúde, para "prestar os esclarecimentos devidos" aos deputados.
De acordo com o requerimento entregue pela bancada do PSD, os deputados pretendem mais esclarecimentos sobre matérias como "os impactos da aplicação do horário de trabalho semanal de 35 horas no Serviço Nacional de Saúde (SNS)" ou sobre "o planeamento da construção de novos hospitais de Lisboa Oriental, Évora e Setúbal".
Segundo Miguel Santos, deputado do PSD, os parlamentares querem ainda ver respondidas questões sobre o "défice na saúde", a "contratação de mais profissionais para o SNS" ou as "atualizações salariais" no SNS.
No passado dia 20 de janeiro, a Comissão de Saúde recebeu, em audição, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na sequência de um requerimento apresentado pelo PCP, após a morte de um jovem no Hospital de São José.