O governo quer aumentar o recurso à pulseira eletrónica como um dos meios para atenuar a sobrelotação das prisões. Alternativas à prisão são também prioridade para o novo diretor geral dos Serviços Prisionais que hoje tomou posse.
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Celso Manata regressa ao lugar onde diz ter sido feliz (desempenhou o cargo entre 1996 e 2001), para encontrar os problemas do passado: prisões demasiado cheias, "gravíssimas" dificuldades orçamentais, poucos meios humanos. O recado seguiu, por isso, logo para o primeiro-ministro, António Costa.
O novo diretor dos Serviços Prisionais não espera "soluções mágicas do dia para a noite" mas deixa o alerta. Celso Manata lembra que o rácio entre a população dentro e fora das grades está acima da média europeia. Existem 103 presos por cada 100 mil habitantes.
A ministra da Justiça considera que os meios alternativos à prisão, como a pulseira eletrónica, podem ajudar a esvaziar as prisões.
Francisca Van Dunem mantém a promessa de, nos próximos dez anos, modernizar prisões que, reconhece - estão, hoje, fracamente degradadas.