Isaltino Morais esteve hoje no centro histórico de Oeiras para uma ação de campanha. Diz que ainda o chamam "presidente" e não abre o jogo quando questionado se fica na vereação em caso de derrota.
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O ponto de encontro é o Largo 5 de Outubro, em Oeiras, perto da igreja cujo sino vai marcando as horas e meias horas. Pelas 9h, chegam os primeiros apoiantes com t-shirts verdes e bandeiras nas mãos. Um café aqui, outro ali, até que chega Isaltino Morais.
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Os minutos passam, o sino volta a tocar. Pelas 10h são cerca de 40 pessoas, divididas por sete equipas, que vão distribuir o jornal do movimento pelas redondezas com mapas na mão. Enquanto isso, Isaltino Morais vai sendo interpelado por pessoas. A maioria quer um beijinho ou um abraço e deseja boa sorte para dia 1 de outubro.
Depois de um café, o passeio pelas ruas e mais cumprimentos. Há também quem buzine em jeito de "olá" e chamam-lhe "senhor presidente". Isaltino não os corrige e explica: "Estão a ver? Alguém que está presidente de câmara durante 20 anos, 20 e tal, as pessoas criam um hábito tal que continuam a tratar-me dessa maneira" É carinho".
Sobre possíveis acordos, depois de Paulo Vistas ter admitido um entendimento pós eleições, Isaltino Morais não abre o jogo. "Nas câmaras municipais o problema da governação não se põe. Qualquer presidente de câmara que se preze, que saiba o que está a fazer e que defenda os interesses do povo não precisa de fazer acordos com ninguém porque todos os vereadores aprovam", afirma.
"Nunca tive dificuldades em governar em qualquer situação porque polemiza-se muito mais isso durante a campanha eleitoral. A seguir à campanha, eu pergunto-lhes: deem-me o exemplo de uma câmara que tenha caído por não ter maioria absoluta neste país? Um só exemplo? Eu não conheço", acrescenta.
Isaltino acredita que vai ganhar as eleições e questionado pela TSF se será vereador caso tal não aconteça, rodeia a questão: "Não me candidato nem para vencer nem para perder. Candidato-me a presidente de câmara para defender os interesses de Oeiras, para dar mais qualidade de vida, para criar condições para que Oeiras seja o melhor concelho deste país. E acredite que os oeirenses acreditam quando eu digo isto".
Nas últimas autárquicas em 2013, a abstenção em Oeiras superou os 50%. Este ano, Isaltino defende que não vai chegar a esses valores, pois "o interesse nesta campanha é tal, que nestas eleições não vai chegar aos 50%. Acho que se deve à ansiedade, à esperança que as pessoas têm que o Isaltino volte à câmara".