O PSD já teve sete primeiros-ministros e dois Presidentes da República. Foi o primeiro partido que venceu as legislativas mas não governou.
Corpo do artigo
O PSD que o novo líder recebe ostenta a mágoa de ter sido o partido mais votado, ter mais deputados, mas não governar.
Na história do PSD, pontos altos são as maiorias absolutas de Cavaco Silva, nos anos oitenta e início de noventa, quando por duas vezes, o partido ultrapassou a fasquia dos 50 por cento. Nas últimas legislativas teve 38, 5.
Era também a altura em que o partido dominava as duas regiões autónomas, Madeira e Açores, onde reinavam Alberto João jardim e Mota Amaral.
Hoje o cenário é menos animador: os Açores mudaram e permanecem socialistas, na Madeira, o PSD vence mas sem o fulgor de outros tempos.
É pelas Europeias que o novo candidato quer começar a construir o caminho para a vitória nas legislativas. Vai ser o primeiro teste.
E a vez em que o PSD melhor se saiu em eleições europeias, foi logo nas primeiras, em 1987, quando Santana Lopes foi cabeça de lista.
O partido que chegou a dominar, o cenário autárquico tem estado em queda consistente e registou, nas últimas autárquicas, um dos piores resultados de sempre, 16 por cento.
O PSD já teve sete primeiros-ministros e dois Presidentes da República. Agora ensaia um novo percurso para tentar chegar ao poder.
O tempo dirá se terá sucesso ou se o espera uma travessia no deserto como aconteceu depois da saída do poder, primeiro de Cavaco Silva e adiante, de Durão Barroso, quando em seis anos o PSD triturou quatro líderes.