A tarefa não fácil. Quem aceitará fazer parte de um governo com os dias contados? Bagão Félix reconhece a dificuldade, José Reis fala numa maldade do Presidente da República, Francisco Van Zeller acredita que haverá quem esteja disposto a ser "sacrificado".
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Bagão Félix, independente e próximo do CDS considera que "Provavelmente terá de ser pedido aos militantes dos dois partidos, esse sentido de militância partidária".
O antigo ministro dos governos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes reconhece que será difícil "convencer um independente a estar 15 dias, 3 semanas ou 1 mês, num governo de pura gestão que irá chumbar ou que, aparentemente, irá chumbar".
Bagão Félix diz que tudo seria mais fácil, para ultrapassar o actual momento de indefinição, se a Constituição permitisse avançar já para eleições. Não permite e quem está a beneficiar desta impossibilidade é António Costa, diz o antigo ministro. "Tudo seria mais claro com novas eleições e perante as novas intenções agora sabidas do lider socialista".
Já o diretor da faculdade de economia da Universidade de Coimbra, José Reis, considera que a indigitação de Pedro Passos Coelho como Primeiro-Ministro pelo Presidente da República "é uma enorme maldade".
O candidato pelo Livre/Tempo de Avançar considera que que aceitar o convite para integrar um governo a prazo "fere a dignidade pública" de quem manifestar essa disponibilidade.
"É um sacrifício", reconhece Francisco Van Zeller, mas o antigo presidente da CIP diz que "há muita gente que aceitará esse sacrifício". O próprio Francisco VanZeller "se tivesse idade" e "essas habilitações" aceitaria o convite, caso lhe fosse feito. PS, BE e PCP já anunciaram que vão apresentar uma moção de rejeição do governo PSD/CDS.