Mariana Mortágua diz que os bloquistas têm sido o travão dos socialistas. Agora estão prontos para ser governo.
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É a pergunta que todos perguntam aos bloquistas: querem ser governo? "Sim queremos!", responde Mariana Mortágua. "Vamos ser Governo? Estamos prontos."
"Somos uma força capaz, uma força de propostas e de coragem", reforçou a bloquista ao intervir no segundo e último dia da XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, em Lisboa.
Até agora, diz, o Bloco de Esquerda foi o travão do Governo socialista. Como aconteceu em 2015, recorda.
"A questão que nos dividia era como gerar o emprego e se a alternativa era cortar pensões. A proposta de Centeno já era o plano de Bruxelas antes mesmo de ser ministro (...) Eram erradas e ainda bem que as impedimos".
Só que "o emprego cresceu", nota Mariana Mortágua "transformou-se em segurança para muita gente" e não foi preciso congelar pensões, nem liberalizar despedimentos. Pelo contrário, as pensões foram aumentadas e não houve liberalização de despedimentos.
"O que teria acontecido se tivéssemos aplicado este princípio a outras áreas? Teríamos investido no que é nosso e não naquilo que amanhã será de outro Ricardo Salgado", ironizou, criticando a gestão das contas públicas a curto prazo e pautada por uma "enorme cedência a Bruxelas".
"Não há pior défice que a pobreza." Para Mariana Mortágua, o combate à desigualdade é uma das é mais importante.
O presidente executivo da EDP, António Mexia, exemplificou, "ganha num mês aquilo que a rapariga do call center demora mais de 200 anos a ganhar".