Raimundo diz que orçamento serve "pequena minoria" quando "falta tanto ao país"
“Falta tanto ao país. Mas a vastíssima maioria de forças na Assembleia da República, perante aquilo que falta, verga-se sob as ordens de Bruxelas, aplaude o excedente orçamental e, como sempre, garante que há contas certas, sim, mas para o grande capital", refere o secretário-geral comunista
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O secretário-geral comunista afirmou, este sábado, que o Orçamento do Estado 2025 (OE2025), aprovado na sexta-feira, serve “a pequena minoria dos grupos económicos”, quando “falta tanto ao país”, acusando o PS de estar “ao lado do caminho errado do PSD e CDS-PP”.
O líder do PCP, Paulo Raimundo, falava durante um almoço-comício no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz (concelho de Sintra), no âmbito da campanha “Aumentar salários e pensões, por uma vida melhor”, e foi aos bombeiros que começou por dirigir uma palavra.
“Esses bombeiros que, tal qual como todos os outros trabalhadores, merecem uma vida digna, merecem melhores salários, merecem melhores condições de trabalho. E se há coisa que nenhum bombeiro deste país, nem os de Queluz, nem de qualquer lado, precisa é de serem gozados como foram ontem [sexta-feira] na Assembleia da República. Nada disto valoriza os bombeiros”, afirmou.
Os bombeiros estiveram no local cerca de meia hora, mas acabaram por não ter de intervir uma vez que, à medida que se aproximavam das janelas, as faixas eram puxadas por elementos do partido, entre os quais o líder, André Ventura, a partir do interior.
Sobre o OE2025, aprovado com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP, a abstenção do PS e os votos contra dos restantes partidos, Paulo Raimundo declarou ser “uma peça ao serviço não dessa imensa maioria de quem trabalha e trabalhou, mas sim dessa pequena minoria dos grupos económicos”.
Elencou depois o que “falta ao país”, como profissionais de saúde, professores, elementos das forças de segurança, habitações, lares e creches, para concluir: “Falta tanto ao país. Mas a vastíssima maioria de forças na Assembleia da República, perante aquilo que falta, verga-se sob as ordens de Bruxelas, aplaude o excedente orçamental e, como sempre, garante que há contas certas, sim, mas para o grande capital.”