Rangel saúda "momento de grande esperança" após acordo entre Israel e Hamas, que teria sido "impossível" sem Trump
O governante entende que, se houver um "cumprimento rigoroso" das partes envolvidas, então, "há condições para pensar a médio prazo numa solução abrangente, compreensiva, quase global para o Médio Oriente"
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, saúda o acordo para a primeira fase do plano de paz entre Israel e o Hamas, afirmando que este é um momento de "alívio, mas também de esperança".
Em causa está o compromisso para a libertação de todos os reféns por parte do Hamas, que deverá acontecer na segunda-feira, e a retirada de Israel para uma zona demarcada pelos EUA, como primeiros passos para uma "paz forte, duradoura e eterna".
Em declarações à TSF, o governante sublinha que a libertação dos reféns é "fundamental para alavancar um processo de paz, no cessar-fogo e depois até para uma estabilização da situação".
"E, a partir daí, com o decorrer do tempo e com o cumprimento rigoroso de cada um dos passos que estão previstos no plano de Trump, há condições para pensar a médio prazo numa solução abrangente, compreensiva, quase global para o Médio Oriente", defende.
Paulo Rangel entende que o anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, é uma "grande notícia" e fala mesmo numa "diferença abismal" entre a situação que existia no Médio Oriente há um mês e a que agora se proporciona
Nota, por isso, o "grande esforço" levado a cabo pelo chefe de Estado dos EUA, admitindo que "muita gente colaborou" para que este acordo fosse possível, desde logo os países árabes.
"Agora, sem a intervenção da Administração norte-americana e em particular o Presidente Trump, que tem uma capacidade de influência, seja sobre os países árabes, seja sobre o Governo de Israel, seria impossível ter chegado aqui, isso não há dúvida", salienta.
O ministro considera, por isso, que esta é uma vitória, "em primeiro lugar, para a paz", mas insiste na "influência pessoal direta do Presidente dos Estados Unidos".
"É um momento de grande esperança", remata.
Já quando questionado sobre a sua posição em relação à nomeação do Presidente norte-americano, Donald Trump, para o Prémio Nobel da Paz, Paulo Rangel recusa posicionar-se, afirmando que esta não é a altura para falar sobre isso.