A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que os resultados da auditoria que está a ser feita pela Segurança Social à associação Raríssimas devem ser tornados públicos.
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No final de uma visita ao Estabelecimento Prisional da Carregueira, esta terça-feira em Sintra, Catarina Martins foi questionada pelos jornalistas sobre a audição do ministro Vieira da Silva, na segunda-feira, no parlamento, a propósito da polémica da Raríssimas, considerando que o governante "respondeu às perguntas que lhe foram colocadas" e que "nenhum partido pode dizer o contrário".
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"A auditoria que neste momento a Segurança Social está a fazer deve ser concluída logo que possível - sendo naturalmente exaustiva - e os seus resultados devem ser conhecidos por toda a gente, devem ser públicos porque eu acho que aí todas as perguntas terão as respostas necessárias e acho que esse é o passo fundamental", defendeu a líder bloquista.
Na opinião de Catarina Martins, esta divulgação pública dos resultados da auditoria é "importante para que se perceba tudo o que se passou", compreendendo "até o alarme social do caso e o choque" uma vez que esta é uma "instituição que é muito reconhecida" e "tem muitos fundos públicos".
"Eu gostaria de ficar mais surpreendida do que fiquei porque na verdade nós temos vindo a alertar para a pouca capacidade de fiscalização que o Estado tem e também para muitas IPSS não cumprirem as responsabilidades que estão no seu estatuto de transparência", apontou.
Para a líder do BE, "só fica surpreendido com a falta de transparência quem andou sempre a tentar evitar este debate", recordando que "o Bloco de Esquerda tem as propostas no parlamento há tempo demais à espera que os outros partidos acordassem" para se poder avançar.
"Eu julgo que nós teríamos todas as condições para durante o primeiro trimestre de 2018 termos a alteração aos estatutos da IPSS e contratarmos mais inspetores, sem prejuízo de outros debates mais vastos que são precisos", adiantou.