Reeleito líder da IL, Rui Rocha quer "acelerar" o país. Mariana Leitão entra na corrida a Belém
Conhecida a vitória, Rui Rocha garante que "quem tem mérito não entrega a maior parte do seu trabalho ao Estado". Fala em "passar uma certidão de óbito ao wokismo" e em segurança. E porque "Portugal precisa de esperança e de ambição", Mariana Leitão é a candidata da IL à Presidência da República
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Mariana Leitão é a candidata da Iniciativa Liberal na corrida a Belém. O anúncio foi feito no fim do discurso de Rui Rocha:
"Portugal precisa de esperança, Portugal precisa de frescura, Portugal precisa de ambição. Portugal precisa de Mariana Leitão!"
Mariana Leitão torna-se assim na primeira mulher candidata às presidenciais marcadas para 2026.
Rui Rocha, já vitorioso e "sem surpresa", reitera que o partido está unido: "A Iniciativa liberal nunca será um partido de uma voz única" e o "debate aceso não corresponde a qualquer fratura".
Relativamente a quem alimentou essa ideia, o líder da IL tem dúvidas e não sabe "que interesses servia".
"Acelerar" o país. Propõe ainda a expulsão de quem comete crimes graves
Repetindo "num país liberal", enumera o que isso significa: a liberdade individual é o "centro", as políticas identitárias estão "condenadas ao fracasso" e a liberdade de expressão "é um valor sagrado".
Criminalidade e segurança são também temas do discurso de Rui Rocha. No debate a agendar a 12 de fevereiro no Parlamento, o político promete que serão apresentadas "soluções", assinalando que os "factos não discriminam". A Iniciativa Liberal quer que RASI divulgue nacionalidade e género de criminosos e vítimas.
Rocha indica ainda que a IL vai avançar também com uma “proposta de revisão do regime de sanção acessória de expulsão do território, em caso de reincidência ou de serem cometidos crimes graves”.
Os liberais dizem "acelera" às propostas de Rui Rocha relativas à burocracia, modernização, descida do IRC, entre outros tópicos.
"Não há melhor lugar que uma convenção de liberais para passar uma certidão de óbito ao wokismo"
Na imigração, o presidente do partido defende: "Quem tem trabalho, entra. Quem cumpre a lei, fica. Pelo meio, os serviços do Estado não podem falhar."
"Quem trabalha, quem tem mérito, não entrega a maior parte do seu trabalho ao Estado."
Mariana Leitão, candidata presidencial apoiada pela Iniciativa Liberal, disse este domingo que a sua candidatura é "da liberdade contra o medo", com o objetivo de representar "o espaço liberal", e é para levar até ao fim.
"Esta candidatura é uma candidatura da liberdade contra o medo, é uma candidatura do otimismo, da esperança, da ambição. É isso que eu quero representar: é um Portugal que não se conforma, é um Portugal que se reveja nestes princípios da defesa da liberdade individual e de poder transmitir esta vontade de sermos mais aos portugueses", afirmou a líder parlamentar da IL.
Tal como esperado, Rui Rocha vence Rui Malheiro e é reeleito presidente da Iniciativa Liberal. Conseguiu 73,4% dos votos.
O líder da IL, Rui Rocha, defendeu este sábado que o plano do PSD para o país “não está a funcionar”, acusando-o de “publicidade enganosa”, e considerou que o PS não “aprendeu nada”.
Também abordou a postura do Chega, acusando-o de fazer “publicidade fraudulenta”, em particular por dizer ser necessário “combater os tachos”, mas de ter viabilizado os processos de desagregação de freguesias, e defender que “quer limpar Portugal”, mas ter deputados com problemas judiciais.
A IX Convenção da IL aprovou este domingo 22 moções setoriais, que pedem uma perspetiva inclusiva da imigração ou elogiam as políticas de Javier Milei, mas chumbou uma proposta que recomendava a rejeição de pré-coligações autárquicas.
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, manifestou este domingo “absoluta confiança” na sua reeleição como líder e considerou que o partido está unido em torno da “construção de uma solução política” para o país.
“Eu percebo que gostem de alimentar a ideia da divisão da Iniciativa Liberal. Mas nem existia, nem existe e, como verão hoje, nos resultados da votação, a Iniciativa Liberal está unida”, salientou.
Sobre o opositor, Rui Malheiro, o presidente da IL disse estar disponível para se sentar à mesa “com todos”, mas não no dia seguinte à reunião magna, que vai dedicar à família.
“Mais para a frente, há sempre tempo para falarmos com todos, há sempre tempo para avaliarmos todas as propostas”, indicou, sustentando que “os membros da Iniciativa Liberal têm todos o direito de participação, são todos ouvidos, têm todos o direito de contribuir”.
Questionado se essa abertura para o diálogo também inclui o líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, Rocha assinalou que, no passado, a IL concluiu que está bem sozinha.
Já está a decorrer a votação online na Iniciativa Liberal para escolher o presidente do partido para os próximos dois anos. Na corrida, estão Rui Malheiro e o atual líder, Rui Rocha.
Os dois candidatos discursaram no sábado, na convenção que está a acontecer em Loures.
Os resultados da votação devem ser anunciados por volta das 13h00. O vencedor fará o discurso logo a seguir.
Se Rui Rocha vencer, o próprio já prometeu anunciar o nome do candidato às Presidenciais 2026.
O candidato à liderança da IL Rui Malheiro apelou hoje a uma renovação do partido que promova a valorização das bases, respeite a diversidade de opiniões e não veja na pluralidade um obstáculo, mas uma força.
No momento da apresentação de candidaturas à comissão executiva na IX Convenção da Iniciativa Liberal, em Loures, o líder da Lista U, Rui Malheiro, argumentou que o país precisa de uma nova visão política “que inspire confiança”, que valorize o mérito e recompense o esforço.
Para dar resposta a essa necessidade, a IL “precisa de se renovar”, disse Rui Malheiro, que disputa a liderança a Rui Rocha.
Malheiro afirmou que o pluralismo, na Iniciativa Liberal, “não é um obstáculo, é uma força” e que para o partido se fortalecer tem de ser de “todos e para todos”.
O candidato defendeu que a IL deve ser uma força política que “fale para todos” e esteja “presente do interior ao litoral, de norte a sul, nas ilhas, na diáspora” e que, “mais do que um partido de ideias, tem de ser um partido de ação, de proximidade e de escuta ativa”.
“Durante esta campanha tivemos o privilégio de conversar com muitos dos nossos membros em diversos núcleos. A mensagem foi clara. O partido precisa de estar mais próximo de quem faz o liberalismo acontecer no dia-a-dia. Precisamos de dar mais destaque a quem trabalha nas bases, a quem defende os valores liberais nos municípios, nas freguesias e na sociedade civil”, acrescentou.
A líder parlamentar da Iniciativa Liberal animou hoje a IX Convenção Nacional ao afirmar os valores que o partido defende, e considerou que é preciso coragem para fazer uma “mudança profunda que devolva poder aos portugueses”.
“O nosso país precisa urgentemente de uma mudança profunda que devolva o poder aos indivíduos e lhes permita prosperar sem amarras, porque a liberdade individual assenta num princípio simples mas inegociável: cada pessoa deve ser soberana sobre a sua própria vida, deve ter o direito de escolher como quer viver, que família quer constituir, onde quer investir o seu talento, como quer educar os seus filhos, que cuidados de saúde quer receber, que ideias quer expressar”, afirmou.
Mariana Leitão intervinha na IX Convenção Nacional da IL, que decorre entre hoje e amanhã em Loures, no distrito de Lisboa, após o discurso do atual líder e recandidato, Rui Rocha, no período de apresentação das moções de estratégia global.
A deputada, apontada como potencial candidata presidencial apoiada pela IL, fez uma intervenção centrada na defesa da liberdade individual e contra o que considerou "o peso excessivo do Estado" e foi várias vezes aplaudida pelos membros presentes na sala onde decorre a reunião magna.
A líder parlamentar da IL defendeu que “o peso excessivo dos impostos asfixia a criação de riqueza e torna a vida mais difícil para quem trabalha e empreende, o peso excessivo do Estado impede que os portugueses decidam por si mesmos, condicionando escolhas fundamentais na educação, na saúde e até no percurso profissional, o paternalismo estatal disfarçado de proteção social não resolve problemas, perpetua a dependência e sufoca a inovação”.
Mariana Leitão defendeu “um Estado que garanta direitos mas não se substitua às pessoas, que proteja mas não controle, que facilite em vez de atrapalhar”, e recusou que as pessoas sejam “esmagadas por impostos e burocracias”
Vários críticos da atual direção da Iniciativa Liberal consideraram hoje que o partido está a afastar-se dos seus ideiais e afirmaram que há insatisfação entre os membros.
“Se acreditasse que tudo isto está bem, não me candidataria por uma lista adversária”, afirmou Pedro Ermida numa intervenção na IX Convenção Nacional da IL, que decorre entre e domingo em Loures (distrito de Lisboa), defendendo que “há muito a melhorar no partido”.
Pedro Ermida é candidato a secretário-geral do partido na lista de Rui Malheiro, que disputa a presidência da Iniciativa Liberal contra Rui Rocha.
O liberal afirmou também que existe “uma deriva e incoerência em algumas propostas”, considerando que a IL está a afastar-se dos seus “ideais iniciais, seguindo ora partidos à esquerda, ora à direita”.
“Não culpo a atual Comissão Executiva por tudo, mas a mesma deveria encarar os factos com seriedade e tentar resolver os problemas. E estes não se resolvem com declarações como ‘por cada membro que sai, entram dois’”, sustentou.
Na sua intervenção, Pedro Ermida disse também que foi acusado de prejudicar e de “querer destruir” o partido e pediu aos congressistas que “não temam a crítica”, argumentando que “nenhum partido perde votos devido a vozes dissonantes internas”.
“Sempre existiram e sempre existirão tendências e oposições em todas as organizações políticas. Lembremo-nos que somos todos membros de um partido liberal”, defendeu.
David Almeida deixou também alguns reparos ao partido, a partir do púlpito da IX Convenção Nacional, dizendo que “falta algo especial” à IL, que seja “um partido verdadeiramente aberto, exigente e ambicioso”.
“Precisamos de um partido onde todos contam, onde o debate é livre e onde a transparência não é um slogan, mas uma prática diária. Não é por acaso que temos 24 moções a discussão, a pluralidade de pensamento e a insatisfação dos membros está nelas espelhada”, considerou o militante, que disse apoiar a lista ao Conselho Nacional encabeçada por Paulo Ricardo Lopes.
O candidato à liderança da IL Rui Malheiro apelou hoje a uma renovação do partido que promova a valorização das bases, respeite a diversidade de opiniões e não veja na pluralidade um obstáculo, mas uma força.
No momento da apresentação de candidaturas à comissão executiva na IX Convenção da Iniciativa Liberal, em Loures, o líder da Lista U, Rui Malheiro, argumentou que o país precisa de uma nova visão política “que inspire confiança”, que valorize o mérito e recompense o esforço.
Para dar resposta a essa necessidade, a IL “precisa de se renovar”, disse Rui Malheiro, que disputa a liderança a Rui Rocha.
Malheiro afirmou que o pluralismo, na Iniciativa Liberal, “não é um obstáculo, é uma força” e que para o partido se fortalecer tem de ser de “todos e para todos”.
O líder da IL, Rui Rocha, que se recandidata ao cargo, afirmou hoje que prefere perder um autarca “aqui ou acolá” do que abandonar bandeiras do partido, salientando que pretende concorrer a eleições “sempre para mudar”.
Na apresentação da moção estratégica com que se recandidata à liderança da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha dirigiu-se aos núcleos territoriais para afirmar que, nas próximas autárquicas, o partido deve “lutar pelas suas bandeiras” e não deve “trocar as suas ideias “por mais ou menos cargos”.
“Sendo eleito presidente da IL, eu prefiro, se for o caso, ter menos um autarca ali ou menos um autarca acolá, mas ter a marca, as ideias, o propósito da IL perfeitamente salvaguardados”, afirmou Rui Rocha, antes de acrescentar que “um autarca liberal vale seguramente muito mais do que um ‘boy’ do PS ou do PSD”.
Rui Rocha afirmou que a IL concorre “a eleições sempre para mudar, sempre para trazer mais liberdade às populações, sejam elas autárquicas, regionais, europeias e nacionais”.
Na abertura da Convenção Nacional, os membros da Iniciativa Liberal homenageiam Nuno Roby Amorim, fundador da TSF e atual assessor do partido. Morreu no domingo, aos 62 anos.
A Iniciativa Liberal reúne-se a partir de hoje, na IX Convenção Nacional, para eleger o próximo presidente do partido. Na corrida está o atual líder, Rui Rocha, e Rui Malheiro.
João Cotrim de Figueiredo refutou as acusações de que teria dito que a Iniciativa Liberal (IL) precisava de mudar a comunicação do partido.
Em julho do último ano, durante a convenção estatutária dos liberais, o atual eurodeputado da IL afirmou que era necessário que a Iniciativa Liberal mudasse a forma de fazer a comunicação política. Ao início desta tarde de sábado, à entrada para a convenção que vai eleger o novo líder da IL, Cotrim de Figueiredo aproveitou para esclarecer o que disse no verão de 2024.
Depois de um dia a falar de estatutos, a ideia que dava para fora é que era um partido preocupado com vírgulas. (...) O que eu dizia é que, hoje, todos nós - eu estou em frente de câmaras, mas outros estão, às vezes, a falar com amigos e a comunicar em nome do partido, estão a fazer corporização daquilo que é ser liberal em Portugal - temos de ter a máxima atenção para sermos positivos, virados para fora, otimistas, alegres, confiantes.
Portugal vai ter eleições autárquicas este ano. O antigo presidente da IL defende que, caso o partido decida aceitar coligações, elas "devem ser pré-eleitorais".
O candidato à liderança da IL Rui Malheiro disse, este sábado, estar confiante que será eleito líder do partido e reiterou que está disponível para, a partir de segunda-feira, sentar-se com Rui Rocha para planear o futuro dos liberais.
Em declarações aos jornalistas à entrada do primeiro dia da IX Convenção da Iniciativa Liberal, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, Rui Malheiro afirmou que a reunião-magna dos liberais vai servir para reforçar as ideias liberais e a união do partido, e garantiu que tem a expectativa de vencer Rui Rocha e terminar a convenção como presidente do partido.
Questionado sobre se contribuirá para a união do partido em caso de derrota, Malheiro frisou que estará disponível para se "sentar com Rui Rocha para desenhar um melhor futuro para o partido" e reforçar o partido nas eleições na Madeira e nas autárquicas.
Rui Malheiro sublinhou ainda que a sua candidatura dá aos membros do partido a opção por um "rumo diferente" do escolhido pelo atual líder, com uma "aposta forte num liberalismo diferente e numa forma de estar diferente na política".
Tensão e pouca troca de ideias. Rui Rocha e Rui Malheiro acordaram apenas um debate em tempo de campanha interna para a presidência da Iniciativa Liberal, na TSF, mas pouco discutiram sobre o futuro do partido. Num debate ruidoso, com várias trocas de acusações, Rui Malheiro voltou a acusar a atual direção de “nepotismo”, embora não concretize, com Rui Rocha a apontar “cobardia” à candidatura adversária.
