Regresso dos jovens, habitação acessível e menos impostos: os desejos dos partidos para 2025
No Fórum TSF, Alexandra Leitão, em nome do PS, pede também melhores serviços públicos "sem a sua privatização" e um travão à "rampa deslizante" do discurso de ódio. Já a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, promete continuar a luta pelos trabalhadores
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Quase a terminar o ano de 2024, é tempo de olhar para 2025. A dois dias do Natal, os líderes parlamentares contam no Fórum TSF desta segunda-feira os seus desejos: trazer os jovens de volta a Portugal, onde é necessário "melhorar" os serviços públicos, ter rendas acessíveis, diminuir os impostos e continuar a luta para consolidar a democracia.
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, deixa três votos para o ano que está à porta. Com foco na juventude, pede o regresso daqueles "que procuraram projetos de vida lá fora": "Precisamos muito de trazer de novo para Portugal todo o talento que temos espalhado pelo mundo." Aos que estão cá, apela a que permaneçam.
O último voto é dirigido à "criação de riqueza": "Nós temos um entendimento da sociedade que só é possível nós nivelarmos por cima se houver riqueza para distribuir, se houver crescimento económico."
Por sua vez, a líder parlamentar do Partido Socialista, Alexandra Leitão, espera que haja "evolução e melhoria" nos serviços públicos "sem a sua privatização" e, por isso, "que se recue politicamente numa série de medidas que estão a ser tomadas e que colocarão em causa o Estado social".
O que não quer é continuar "na rampa deslizante em que as ideias extremistas ganham terreno a coberto de uma suposta liberdade de expressão, que não é liberdade de expressão, é, sim, discurso de ódio, que são coisas muito diferentes".
Porque "quem trabalha continua a ser penalizado", Pedro Pinto, do Chega, quer menos impostos no próximo ano, já que há "tanto dinheiro gasto em corrupção e em instituições que não servem para nada".
Para a líder parlamentar da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, "é preciso fazer diferente" em 2025. A sua aspiração é que "as pessoas interiorizem que o país só muda e, portanto, as pessoas só conseguem ter melhores condições de vida se efetivamente as políticas que forem seguidas forem diferentes".
Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda, espera que 2025 "seja o ano de resposta aos principais problemas do país", nomeadamente a crise da habitação.
"Quando este Governo tomou posse, já tínhamos uma profunda crise na habitação, já era muito difícil às pessoas comuns que vivem do seu trabalho, aos jovens casais, aos reformados, garantir o seu direito à habitação, seja arrendar ou comprar casa, e este Governo piorou tudo o que já estava mal."
"Salários, pensões e direitos pelo desenvolvimento do nosso país." São estes os "aspetos fundamentais" para Paula Santos, do PCP. Nesta linha, o partido comunista promete continuar "a luta e a intervenção contra a política de direita" em nome de "uma vida melhor para todos".
Isabel Mendes Lopes, do Livre, pede que "os partidos tenham noção da sua importância em democracia" para que juntos façam face "ao autoritarismo e às políticas de extrema-direita". Depois é possível focarem-se "na qualidade de vida" das pessoas: "Nós temos um país que tem um potencial incrível, mas para isso temos de garantir às pessoas todas as condições para terem uma vida digna."

