O ministro dos Negócios Estrangeiros alertou esta quinta-feira que Portugal não pode deixar-se levar pela "euforia" perante os bons resultados de 2016.
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É um aviso do ministro dos Negócios Estrangeiros. Portugal não pode deixar-se levar pela euforia porque a restrição ornamental ainda não terminou.
Augusto Santos Silva, que esteve durante a manhã no IV Encontro Anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, fez questão de sublinhar os resultados alcançados ao longo deste ano, e que considerou muito positivos, no que respeita aos indicadores económicos e orçamentais. O ministro destacou também com satisfação a estabilidade política, social e política.
No entanto, em declarações à agência Lusa, o governante lembrou também que o país tem por vezes sequências de ciclos de depressão e euforia, hábito que considerou nefasto.
"Temos tido resultados muito positivos ao longo de 2016, seja do ponto de vista da estabilidade social e política seja do ponto de vista dos indicadores económicos e orçamentais, mas não podemos ser levados pela euforia e não podemos desvalorizar a importância de continuar um esforço de consolidação orçamental e de enfrentar os problemas económicos e financeiros que ainda temos".
O ministro recordou que "a restrição orçamental não terminou, as variáveis financeiras não passaram a ser secundárias", pelo que é preciso "manter o esforço e a partir daí alavancar" os esforços no domínio económico e social.
Sobre as áreas que exigem esforços adicionais, Santos Silva disse que é preciso progredir na qualificação, na capitalização das empresas, é preciso abordar os problemas de inovação, de coesão territorial e social.
"Precisamos de progredir, e muito, na inovação e na qualidade da organização e da gestão do nosso tecido económico, precisamos de progredir muito no ponto de vista da coesão territorial e do ponto de vista da coesão social", insistiu.