Rocha responde aos "rios de dinheiro" de Mortágua: "Imputação completamente falsa"
O líder da Iniciativa Liberal garante que o financiamento do partido é auditado e refuta as palavras da líder bloquista, que este sábado falou em "rios de dinheiro que correm de cofres milionários" para partidos como Chega e IL.
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O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, acusou este domingo o Bloco de Esquerda (BE) de fazer "imputações completamente falsas" a propósito do partido ser financiado por "rios de dinheiro" de milionários.
"É importante começar por dizer que isso é uma imputação completamente falsa, o financiamento partidário como sabem tem legislação própria", afirmou o liberal, depois da líder do BE, Mariana Mortágua, ter dito no sábado que um dos aspetos da "cavalgada da direita" e da "mutação política" destas eleições são os "rios de dinheiro que correm de cofres milionários" para partidos como Chega e IL.
Naquele que é o primeiro dia de campanha oficial para as eleições legislativas de 10 de março, e depois de uma visita exterior a uma escola em Azeitão, no distrito de Setúbal, Rui Rocha vincou que o financiamento da IL é transparente e auditado, acrescentando que o financiamento partidário obedece a regras que são iguais para todos.
Rui Rocha ressalvou que o financiamento que interessa à IL é o financiamento dos portugueses para chegar ao fim do mês com mais dinheiro no bolso.
E acrescentou: "Essa é a nossa batalha. Se outros preferem dispersar com outro tipo de imputações falsas é a campanha que querem fazer, no fazemos a campanha da esperança e da confiança".
Ensino no primeiro dia de campanha
À porta da Escola Básica 2/3 de Azeitão, no distrito de Setúbal, o presidente da IL considerou que a educação está degradada, atribuindo-lhe a nota seis numa escala de 0 a 20, motivo pelo qual defendeu uma escola pública forte, bem gerida, com recursos adequados e financiamento por aluno.
"O que nós entendemos é que deve haver uma escola pública forte, bem gerida, com condições adequadas e um financiamento por aluno porque os pais saberão melhor o que desejam para os filhos", disse Rui Rocha no final da visita exterior à escola, naquela que foi a primeira ação da campanha oficial para as eleições legislativas de 10 de março.
Acompanhado pelo presidente da Associação de Pais, que ia elencando os vários problemas do estabelecimento de ensino, desde a falta de um pavilhão gimnodesportivo, aulas em barracões de madeira ou janelas que não abrem, o liberal referiu que a escola pública é muito importante, mas tem que ter condições, tem que ter professores, tem que ter planos de recuperação quando as coisas falham, tem que ter uma visão completamente diferente daquela que tem sido a "mera propaganda" feita pelo Governo PS nesta matéria.
Dizendo que aquela escola básica o recordava a sua escola, o que é mau, atirou, Rui Rocha sublinhou que o Estado português tem de ser eficiente e não desperdiçar recursos, sendo muito melhor que o país tivesse escolas a funcionar devidamente ao invés de estar a desperdiçar dinheiro na CP, na TAP, na Efacec ou nos CTT.
"Não se deve gastar mal o dinheiro dos contribuintes, o Estado deve promover a mobilidade social e a igualdade de oportunidades na educação", vincou.
Numa escala de 0 a 20, o presidente da IL atribuiu a nota seis à educação em Portugal porque tem milhares de alunos sem professores, maus resultados nos instrumentos de avaliação e docentes desmotivados.
