O presidente da Câmara do Porto escreveu aos grupos parlamentares para lhes pedir a correção de "um erro" que representa um "fator de imponderabilidade inultrapassável".
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O presidente da Câmara do Porto, eleito como independente e que já anunciou a intenção de se recandidatar, afirma que a lei coloca as candidaturas independentes em "profunda desigualdade". Para Rui Moreira não é aceitável que as assinaturas recolhidas tenham de subscrever uma lista completa de candidatos e não apenas o cabeça de lista.
Diz que no caso das listas de independentes basta que surja um problema de última hora, morte ou doença de qualquer elemento da lista por exemplo, para que uma candidatura não chegue a ir a votos.
Acrescenta que nas eleições de 2013 isso acabou mesmo por acontecer e recordou o caso de uma lista independente em Gondomar. Para Rui Moreira "se há um erro na lei, corrija-se. É uma pequena alteração. Não estou a sugerir nada de extraordinário. É um desafio aos partidos para serem coerentes com aquilo que dizem".
Rui Moreira assegura que não está a antever nenhum problema com a sua recandidatura. Decidiu escrever a todos os grupos parlamentares porque "a forma como as coisas estão na lei permite uma imponderabilidade que é insustentável numa democracia civilizada como a nossa".
O presidente da Câmara do Porto diz que agora fica à espera de atos dos partidos políticos. Acrescenta que quer "ter a certeza que os portuenses podem escolher quem quiserem".