Rui Rocha critica "desespero" de André Ventura "quando coisas não estão a correr bem"
Em causa estão as declarações do presidente do Chega sobre alegadas conversações com dirigentes do PSD para formarem um governo à direita.
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O líder da IL criticou esta terça-feira o “desespero” de André Ventura “ao trazer argumentos para o debate quando as coisas não estão a correr bem”, numa alusão às alegadas conversações entre dirigentes do PSD e o presidente do Chega para discutir uma possível solução governativa.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha em Cacilhas, Rui Rocha remeteu para o partido de Luís Montenegro esclarecimentos, escusando-se fazer comentários.
No entanto, atirou: "Estamos habituados a uma certa tentativa, que parece às vezes desespero, de trazer argumentos para o debate quando se vê que as coisas não estão a correr bem.”
“Enfim, o que nos diz respeito é sabermos claramente o que propomos aos portugueses. Somos muito claros”, rematou, garantindo não temer que os liberais fiquem excluídos de uma futura coligação.
Em entrevista à RTP emitida esta segunda-feira noite, André Ventura disse que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento" caso alcancem maioria nas eleições legislativas com vista a formar um governo estável.
Ventura indicou que há dirigentes do PSD que "se têm feito ouvir" publicamente, lançando os nomes de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Ângelo Correia e Rui Gomes da Silva.
À TSF, Rui Gomes da Silva confirmou esta terça-feira contactos com André Ventura. Pelo contrário, Ângelo Correia explicou que a última vez que conversou com o presidente do Chega foi há mais de 15 anos, quando o líder ainda era militante do PSD e apoiava a sua candidatura a presidente da Assembleia Municipal de Sintra.
Também Miguel Relvas desmente André Ventura. O antigo vice-presidente do PSD afirma à TSF que é tudo falso e que nunca falou com André Ventura.