Rui Rocha recusa "tirar ilações" pelo chumbo dos estatutos e mantém-se firme na liderança da IL

Rui Rocha rejeita tirar ilações depois do chumbo da proposta de alteração aos estatutos e não vê conclusões possíveis que a Comissão Executiva possa retirar. O presidente da Iniciativa Liberal (IL) lembra que a moção com que venceu as eleições internas previa apenas a abertura da discussão estatutária.

O primeiro dia de trabalhos em Santa Maria da Feira foi dedicado à discussão das propostas de alteração aos estatutos. Nem o documento da oposição, nem a proposta afeta à direção teve luz verde dos congressistas. E Rui Rocha rejeita consequências mais incisivas.

“Teria que tirar alguma ilação se não tivesse cumprido aquilo que era uma obrigação assumida na moção global, com a qual fui eleito, que era suscitar este debate. O debate foi suscitado e apresentado. O partido não fica sem estatutos, fica com os estatutos que existiam até hoje”, disse.

Apesar da desvalorização de Rui Rocha, vários elementos afetos à direção, desde logo, João Cotrim de Figueiredo, apelaram à aprovação da proposta da direção, para que o partido desse um “passo em frente”. Os estatutos são os mesmos de 2019, quando o partido ainda não tinha representação parlamentar.

Questionado se admite, até ao final do mandato, voltar a abrir a discussão para a alteração do documento, Rui Rocha não vê “energia” nos membros para “acompanhar muitas mais reuniões desta natureza”.

“Não podemos estar constantemente a revisitar estes temas. Para este mandato, o momento era este”, conclui.

Em cima da mesa estavam duas propostas de alteração dos estatutos, uma afeta à atual direção e outra da oposição interna, mas a primeira votação deixou tudo na mesma. E à segunda, nada se alterou. Os liberais vão deixar Santa Maria da Feira com os mesmos estatutos com que entraram na convenção. Para que as propostas fossem aprovadas, era necessário o voto favorável de dois terços dos membros.