Santana e o partido que quer ser "mais do que oposição". Assinaturas estão entregues
Antigo líder do PSD entregou assinaturas para tornar Aliança um partido político.
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Pedro Santana Lopes esteve esta tarde no Tribunal Constitucional para entregar as assinatura, os estatutos e declaração de princípios do Aliança, para que este seja considerado um novo partido política. O antigo líder social-democrata fala num "número praticamente recorde e principalmente num espaço de tempo recorde", sendo que já tem entre as 12 e as 13 mil assinaturas.
O partido de Santana Lopes "vem para criar bom ambiente", para criar propostas para os problemas reais das pessoas e, "mais do que ser oposição", o Aliança surge com o objetivo de ser "exigente com o Governo mas com todos os órgãos de soberania", inclusive com o Presidente da República.
"A Aliança não nasce para ser ortodoxa, não para ter os elogios dos arautos do sistema mas para fazer o que é correto de acordo com as suas convicções. Falar dos assuntos concretos, da reforma do sistema eleitoral, da reforma do sistema político também, mas falar dessa realidade da vida das pessoas, da integeracionalidade, da generalização dos seguros de saúde, a pensar nas novas gerações", explicou o ex-primeiro-ministro.
Santana Lopes promete ainda um partido de olhos postos no futuro, que seja também um desafio para a "modernização do sistema político português". A Aliança vai, por isso, trabalhar com inscrições online e interagir digitalmente com os portugueses, militantes e simpatizantes de modo "eficaz e com controlo simples".
O homem que foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que deixou o cargo para se candidatar à liderança do PSD garante que o Aliança vai "trabalhar muito sem precisar de dizer mal a toda a hora e sem precisar de discordar a toda a hora, seja do governo seja dos outros partidos da oposição".
"A nossa questão e o nosso trabalho é afirmar a identidade da Aliança", asseverou, sublinhando que no partido haverá pessoas que "pertenceram ao PSD" mas também "a outros partidos". Desta forma, o objetivo não é, assegura, "sucessor de nenhuma outra instituição". "Queremos ser nós próprios", frisou.
Neste sentido, Santana Lopes especificou ainda que "a Aliança nasce para concorrer a todos os atos eleitorais e não para procurar ter um digito mas para ganhar um lugar entre os maiores partidos portugueses".