Santana Lopes “não renega convicções” em iniciativa do Chega: “O meu coração é laranja”
Rui Gomes da Silva antevê que Montenegro "será o último primeiro-ministro do PSD"
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Nas jornadas parlamentares do Chega, sentam-se à mesma mesa Pedro Santana Lopes, o antigo ministro do PSD Rui Gomes da Silva e André Ventura. Embora a presença do antigo primeiro-ministro esteja a ser vista como uma tentativa para ganhos eleitorais, a pensar nas eleições presidenciais, Santana Lopes “não renega as convicções”.
Pedro Santana Lopes faz depender uma candidatura ao Palácio de Belém com o que ditarem as sondagens. Nesta altura, aparece no fundo da tabela, mas rejeita segundas intenções ao participar numa iniciativa do Chega. E perante os 50 deputados do partido, lembra o passado no PSD.
“Eu sou independente, mas sabem que o meu coração é laranja. Não renego as minhas convicções, e não quero deixar de o dizer aqui, mas tive muito gosto e tive muita honra em ser convidado para estas jornadas parlamentares”, acrescenta.
Santana Lopes nem entende as críticas por participar numa iniciativa do Chega e lembra que Augusto Santos Silva também participou numa iniciativa do Bloco de Esquerda, mas o caso “não suscitou qualquer interesse”. Curiosamente, outro possível candidato à Presidência da República.
O histórico líder do PSD Francisco Sá Carneiro é muitas vezes citado por André Ventura, como arma de arremesso ao atual PSD, e também Pedro Santana Lopes lembra o fundador do PSD que, na altura “tinha muitas armas apontadas” como André Ventura.
Já Rui Gomes da Silva, que ainda é militante do PSD, traça um futuro descendente ao próprio partido: está convencido que o Chega vai acabar com a alternância entre socialistas e social-democratas.
“Tenho a convicção que o Dr. Luís Montenegro será o último primeiro-ministro do PSD”, atirou.
André Ventura agradeceu a presença dos dois políticos “laranjas”, lamentando que cada vez que se diz que alguém vem a qualquer coisa do Chega, se inicia um processo de assédio público persistente e feroz”. Deixa, por isso, a nota de que Santana Lopes e Rui Gomes da Silva “resistiram”.