José Eduardo Martins, que vai coordenar o programa eleitoral do PSD em Lisboa para as autárquicas de 2017, afirmou na Manhã TSF que se Santana Lopes assim o entender, será o candidato do partido.
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"Todos os que até hoje se expressaram, disseram no fundo uma coisa simples: que Pedro Santana Lopes tem um trabalho e uma notoriedade na cidade de Lisboa que, se ele entender ser o candidato, será o candidato natural do PSD. Acho que qualquer pessoa que esteja atenta à política percebe isto que não tem sequer, do nosso lado, nada de polémico", afirmou José Eduardo Martins, convidado esta quinta-feira na Manhã TSF.
Questionado sobre se Pedro Santana Lopes é o único com capacidade para vencer Fernando Medina, o antigo deputado do PSD e ex-secretário de Estado do Ambiente, é categórico: "claro que não, o PSD tem muitos candidatos que podem ganhar. O Fernando Medina não é um candidato extraordinariamente forte. É uma pessoa que nunca foi a votos e que tem revelado, em bom rigor, muito pouca capacidade e visão".
José Eduardo Martins considera ainda que "em Lisboa falta oposição" e deixa fortes críticas à gestão atual da autarquia da capital, nomeadamente sobre "o planeamento das obras" numa cidade que "parece que repente ganhou o euromilhões e é natural porque todas as taxas duplicaram praticamente o ano passado".
José Eduardo Martins reiterou ainda que não será candidato nas autárquicas de 2017, tendo apenas o papal de coordenador do programa eleitoral do PSD em Lisboa. "Não tendo disponibilidade para mais do que colaborar desta maneira, não quero fazer esse papel de candidato fantasma. (...) E espero que a minha mulher esteja a ouvir isto".
O antigo deputado do PSD tem sido uma das vozes mais críticas da direção de Pedro Passos Coelho. Nesta entrevista à TSF, José Eduardo Martins considera que "há uma opção por um estilo de oposição que eu não tenho a certeza que esteja a ser eficaz, apesar do mérito intrínseco que tem. Acho que boa parte disso passa pela circunstância de nós não estarmos a multiplicar devidamente os protagonistas como fazíamos no passado. Acho que as pessoas gostam mais do PSD quando o PSD é uma equipa."