Desespero, baixo nível e comprimidos para a azia. Santana e Rio na semana final
Mais um dia, mais um ping pong entre Santana Lopes e Rui Rio, que vão intensificando o tom. Em causa, as questões relacionadas com a Casa da Misericórdia de Lisboa e o Montepio.
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Esta tarde o candidato Pedro Santana Lopes foi confrontado pelos jornalistas com as questões levantadas pelo candidato Rui Rio sobre a participação do então provedor da Santana Casa da Misericórdia de Lisboa no aumento de capital do Banco Montepio.
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Santana Lopes defende-se dizendo que a decisão é posterior à sua saída e dá um conselho a Rui Rio. "Eu compreendo agora algum desespero, mas o desespero de quem sente o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés", começou por dizer Santana, em Chaves.
E continuou: "Mas são os militantes que estão a distinguir quem é que tem caminho para o futuro, no presente e futuro, e quem é que é amargo, azedo, que vive mal disposto com toda a gente, com a comunicação social, com a Justiça, com o FC Porto, com canais de televisão, com a Misericórdia... Passam a vida mal dispostos. Rennie, Kompensan ou Alka Seltzer", atirou, fazendo uma alusão a medicamentos para a azia.
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Rui Rio dispensou a receita. "Nesta idade já não tenho grandes desesperos a propósito da política e penso que ele também não terá. Ele tem de agudizar o discurso nesta parte final, porque os dados que ele tem são os dados que eu tenho", começou por dizer o ex-autarca do Porto, em Vila Pouca de Aguiar.
E prosseguiu: "Ele sabe perfeitamente que vai atrás. E é dos livros que quem vai atrás tem de apertar o discurso, tem de acontecer qualquer coisa para as coisas mudarem. Quem vai na frente pode estar mais tranquilo. Isso compreendo. O que não compreendo é que se baixe o nível".
Rui Rio prevê ainda a subida de tom e tensão até ao derradeiro dia. "Depois no dia seguinte, somos todos do mesmo partido, temos de estar todos unidos. Isto pode criar divisões, nem é entre mim e ele, é entre apoiantes, que depois são difíceis sarar."