Já Marta Temido fala "pré-históricos" e "procrastinadores", em palavras dirigidas aos opositores.
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No regresso ao palco partidário, Augusto Santos Silva apresentou-se com cinco razões para o voto no PS. Além do contributo do partido para a integração europeia, Santos Silva avisa que a Europa está debaixo de uma ameaça. com o crescimento da extrema-direita, mas o foco centrou-se no atual Governo que está a fazer uma “ocupação partidária do Estado”.
O trabalho dos últimos meses do Governo serviu de apelo ao voto, além da valorização da lista do PS, liderada por Marta Temido. O antigo presidente da Assembleia da República fala em “ocupação partidária do Estado”, pela Aliança Democrática, dando o exemplo mais recente da dissolução da liderança da AICEP.
“Qual foi a razão pela qual a agência mudou hoje de administração? Nenhuma que se conheça. Partidarite pura, desprezo absoluto por aquilo que é o mínimo de respeito devido à administração publica e instabilização”, atirou.
E concretiza: “Uma Europa que sempre se levantou contra a ideia da ocupação partidária do Estado que é aquilo a que nós estamos a assistir últimos dois meses em Portugal”.
O selo de despesista é muitas vezes colado ao PS, pelos partidos à direita. Mas, olhando para os últimos meses, Santos Silva tem uma opinião diferente: o Governo de Luís Montenegro não tem olhado a custos.
“O Governo tem tomado medidas que vão sempre neste sentido: aumento da despesa e diminuição da receita. Ainda não vimos nenhuma medida que possamos dizer que vem aqui uma medida de poupança da despeça pública”, sublinhou.
E os eleitores devem confiar no PS que colocou as contas públicas em ordem, defende o socialista, que lembra ainda uma entrevista de Sebastião Bugalho, em 2016, quando disse que “o maior inimigo da Europa é a União Europeia”.
“Agora querem ser membros de um Parlamento da… União Europeia”, criticou.
Os pré-históricos ou procrastinadores
Também Marta Temido quer evitar o voto no desconhecido, e defende que PS “não engana ninguém”, ao contrário de outros que “escondem-se atrás de cortinas de fumo”.
“Nós somos protetores, há por aí muitos que são pré-históricos ou procrastinadores”, atirou, numa referência à Aliança Democrática, mas também aos partidos à esquerda do PS.