O novo secretário-geral do PSD, José Silvano, garantiu, no Almoço TSF, que vai reunificar o partido.
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Em entrevista à TSF, José Silvano assegurou que não teme lidar com um partido dividido e que as diferenças existentes dentro do PSD são "uma oportunidade" para construir um PSD novamente sólido e a uma só voz.
"Acho que é uma oportunidade. O PSD sempre teve divisões internas e fações internas, o que também sempre foi um processo saudável", afirmou José Silvano.
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"Se há ainda alguma divisão interna, comigo ela vai acabar", disse o secretário-geral do PSD. "Todos me conhecem, estou no partido há muitos anos, conheço todas as pessoas que fazem as fações e elas têm uma confiança em mim para este processo pacificador", garantiu.
José Silvano acredita que "vai ser fácil" e "não vai demorar muito tempo" até que o partido esteja unido. "Não tenho qualquer dúvida de que o PSD vai meter a máquina nos carris".
O transmontano, que foi presidente da Câmara e da Assembleia Municipal de Mirandela durante vários anos, e que coordenou o grupo de trabalho sobre a lei do financiamento dos partidos (que terminou com a controversa proposta vetada pelo Presidente da República), substitui Feliciano Barreiras Duarte como secretário-geral do PSD, depois das polémicas envolvendo o currículo académico e a morada fiscal do social-democrata. Um tema que, para José Silvano, é um "dossiê encerrado".
O novo secretário-geral social-democrata aponta como único objetivo "ajudar o PSD e o seu líder atual a ganhar o ciclo eleitoral que aí vem, em 2019".
José Silvano, que se assume como "um homem prático" e "sem muitas preocupações", indica três prioridades de ação no novo PSD: a organização da estrutura do partido, a sua reorganização em termos financeiros e de recursos humanos e a proximidade entre as diferentes estruturas.
"Quero organizar toda a estrutura partidária, para que haja uma articulação perfeita entre as estruturas distritais, as estruturas concelhias, as estruturas da Juventude Social-Democrata (JSD), Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) e as Mulheres Sociais-Democratas, para que funcione tudo num bloco", avançou o secretário-geral.
José Silvano pretende também "adaptar a realidade do partido financeiramente", pois considera que, face às atuais fontes de rendimento do PSD, há "questões financeiras e de recursos humanos que têm de ser alteradas".
O secretário-geral fala ainda na necessidade de "estar próximo de todas as estruturas" dentro do partido. "Ande eu onde andar, podem falar comigo a qualquer hora, a qualquer dia", assegurou.
Para tal, José Silvano admite que precisa de ter "credibilidade" e "a confiança dos militantes" - algo que acredita já acontecer, se conhecerem o seu passado. "A minha vida foi trabalhar no terreno", disse. "Sou mais um homem de 'mãos na massa' do que de 'discurso fácil'".