A garantia é pelo mandatário da candidatura de Santana Lopes, Almeida Henriques, que reage com "preocupação" às declarações de Rui Rio sobre viabilizar um governo socialista minoritário.
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Se Pedro Santana Lopes ganhar a corrida, o PS não pode contar com qualquer apoio do PSD, para formar um governo minoritário. A garantia foi dada no Fórum TSF pelo mandatário nacional da candidatura de Santana Lopes à presidência do PSD.
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Almeida Henriques sublinhou, na TSF, que os sociais-democratas recusam o papel de muleta dos socialistas. "O Partido Socialista deixaria de ter uma muleta, que é o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, para passar a ter outra muleta que é o Partido Social-Democrata", alegou, classificando como "extremamente preocupantes" e "perigosas" as declarações feitas por Rio Rio, sobre a viabilização de um governo socialista.
"Seremos uma alternativa ao Partido Socialista e não aceitaremos qualquer tipo de governo de bloco central", afirmou, acrescentando que, a existir qualquer aliança política, por parte do PSD de Santana Lopes, seria "à direita", com o CDS-PP.
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Em declarações ao jornal Público e à rádio Renascença, o adversário de Santana Lopes, Rui Rio, afirmou-se disponível para apoiar, no parlamento, um governo minoritário do PS, se os socialistas vencerem as eleições em 2019.
No Fórum TSF, o diretor de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro, esclareceu que o que o candidato disse foi que, no caso de o PS vencer as eleições legislativas sem maioria, "em ambiente parlamentar, não iria inviabilizar um governo do Partido Socialista".
Salvador Malheiro defendeu que as declarações de Rui Rio são "uma mensagem pela positiva, de humildade, e sobretudo de reconhecimento de que, em democracia, quem manda é o povo".
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As eleições diretas para escolher o sucessor de Pedro Passos Coelho à frente do PS realizam-se no próximo sábado, dia 13 de janeiro.
O derradeiro debate entre os dois candidatos, a 11 de janeiro, é transmitido em direto na TSF.