Seguro desafia Marcelo a chamar Montenegro a Belém: "Momento exige transparência e liderança firme"
O possível candidato a Belém deixa uma mensagem dirigida ao Presidente da República
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De possível candidato a Presidente da República para o chefe de Estado em funções, António José Seguro desafia Marcelo Rebelo de Sousa a chamar Luís Montenegro para uma reunião no Palácio de Belém.
Numa mensagem nas redes sociais, o antigo secretário-geral do PS escreve que “o primeiro-ministro e o Presidente da República não podem ter estados de alma”, numa referência ao alegado desconforto de Marcelo pela (quase) inexistente cooperação entre os dois órgãos de soberania. Seguro recorda que, de acordo com a Constituição, o Governo é responsável perante a Assembleia da República, mas também perante o Presidente da República.
“Recordo o artigo 190.° da Constituição, "O Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da República"”, escreve.
António José Seguro mostra-se preocupado com o que “lê na imprensa”, que dá conta de que Marcelo e Montenegro “não falam desde o final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de sábado passado, e consequentemente da declaração ao país do primeiro-ministro”. Esse é o principal argumental de Seguro, que entende que “esta reunião se justifica com mais premência”.
“O momento exige transparência e liderança firme para que os portugueses não percam ainda mais a confiança na política e nas instituições da democracia”, desafia, de mira apontada a Marcelo, mas também a Montenegro.
Leia a mensagem na íntegra:
"Tal como a maioria dos portugueses, olho para o país e não gosto do que vejo.
O momento exige transparência e liderança firme para que os portugueses não percam ainda mais a confiança na política e nas instituições da democracia.
Sugiro ao Presidente da República que chame a Belém, o Primeiro-Ministro.
Recordo o artigo 190.° da Constituição, "O Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da República".
A ser verdade o que leio na imprensa de que o Presidente da República e o Primeiro Ministro não falam desde o final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de sábado passado, e consequentemente da declaração ao país do Primeiro Ministro, esta reunião justifica-se com mais premência.
O Presidente da República e o Primeiro Ministro não podem ter estados de alma. Em primeiro lugar está Portugal."