Seguro formaliza candidatura com entrega de dez mil assinaturas, às quais chamou "sementes de esperança num futuro melhor"

As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026
Rita Chantre
O candidato apoiado pelo Partido Socialista declara que representa uma candidatura "dirigida a todos os democratas, a todos os progressistas e a todos os humanistas"
António José Seguro formalizou, esta segunda-feira, a sua candidatura presidencial com a entrega de dez mil assinaturas no Tribunal Constitucional, em Lisboa, às quais chamou "sementes de esperança num futuro melhor".
"Hoje é um dia muito feliz para mim e eu quero que seja um dia muito feliz para Portugal, viemos entregar dez mil sementes de esperança num futuro melhor, com um país decente, um Estado eficiente e sobretudo um país que acredite em si próprio", afirmou o candidato aos jornalistas, após a entrega das assinaturas em mais de dez caixas e ladeado por cerca de duas dezenas de apoiantes.
O antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS) disse que o seu objetivo é unir os portugueses e, como tal, vai dirigir-se tanto aos de esquerda como aos de direita, bem como aos que não têm opções partidárias.
"Esta é uma candidatura dirigida a todos os democratas, a todos os progressistas e a todos os humanistas", realçou.
Questionado sobre que relação terá com o atual Governo, caso seja eleito Presidente da República, Seguro garantiu uma relação institucional e de cooperação.
"O país tem tantos problemas e tantos desafios que aquilo que se exige aos titulares dos órgãos de soberania é que cooperem, e eu venho para unir, quero introduzir uma cultura de compromisso, uma cultura de exigência para que os partidos e governos cumpram a sua missão essencial, que é encontrar soluções para que os portugueses tenham uma vida melhor", sublinhou.
Já sobre o anteprojeto do Governo de revisão da lei laboral e as recentes declarações da ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, de que não vai reiniciar do zero negociações com os parceiros sociais, António José Seguro vincou que "a humildade democrática é algo muito importante" para construir consensos.
"O que eu desejo é que o nosso país tenha uma economia produtiva e que as empresas sejam mais competitivas, e para isso nós temos que encontrar consensos, temos que encontrar equilíbrios entre quem investe e os trabalhadores", defendeu.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.
Às eleições presidenciais anunciaram, entre outros, as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do Partido Comunista Português), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do Partido Social Democrata).
Segundo o portal da candidatura do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.
