Sindicato diz que portugueses no Brasil podem não conseguir votar. MNE descarta qualquer problema
Devido à greve nos consulados no Brasil, os portugueses que vivem no país podem não conseguir votar nas eleições legislativas marcadas para o dia 18 de maio. Pelo menos é o que diz o Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Missões Diplomáticas e Serviços Centrais, mas o MNE diz não haver registo de problemas
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O alerta é feito pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Missões Diplomáticas e Serviços Centrais (STCDE). Em declarações à TSF, o porta-voz explica que, para poderem votar nas legislativas, os emigrantes portugueses têm de se inscrever nos cadernos eleitorais. Porém, Alexandre Vieira acrescenta que as inscrições têm de ser feitas até esta terça-feira, mas que devido à greve dos funcionários da embaixada e dos postos consulares de Portugal no Brasil essa inscrição não vai poder ser feita.
Contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), contactado pela TSF, respondeu mais tarde que não foi reportado qualquer problema em nenhum dos consulados no Brasil.
O STCDE responsabiliza o Governo se existirem portugueses no Brasil que não consigam inscrever-se para o voto antecipado: o sindicato está em conversações com “o Ministério dos Negócios Estrangeiros já faz um ano num diálogo que parece de surdos”. O sindicalista considera também que o Executivo e os funcionários da embaixada e dos postos consulares podem “não estar de acordo”, mas têm de “chegar ao meio da ponte”, para que este problema seja resolvido.
Aqueles trabalhadores entram na terceira semana de greve e o porta-voz do STCDE conta à TSF que a paralisação tem sido praticamente total, uma vez que só estão “duas pessoas a trabalhar em São Paulo, mas que não conseguem fazer absolutamente nada, e um outro posto em Belém, onde estão outros dois”. Os restantes postos por todo o Brasil estão fechados e a previsão para o arranque da terceira semana de greve é a de “chegar aos 100% de adesão”, acrescenta.
Os funcionários consulares exigem ser pagos em euros e não em reais, algo que o sindicato garante que não acontece em outras regiões do mundo. A greve começou no início do mês e termina a 27 de março. Na véspera (26 de março) está prevista uma reunião com o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Notícia atualizada às 18h52
