BE e PCP defendem iniciativa do Governo para a aplicação de penalidades ao SIRESP mas insistem no fim do controlo pelos privados. PSD e CDS não comentam medida de Constança Urbano de Sousa.
Corpo do artigo
Depois da ministra da Administração Interna, Constança Urabno de Sousa, ter anunciado esta quarta-feira que a Secretaria-Geral da Administração Interna, entidade gestora do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), vai iniciar os procedimentos para a aplicação de penalidades ao consórcio, a TSF procurou junto dos maiores partidos com assento parlamentar como encaravam esta iniciativa.
Para o Bloco de Esquerda, pela voz da deputada Sandra Cunha, "as medidas relativamente às penalizações estão previstas no contrato mas nunca foram aplicadas apesar das sistemáticas falhas das comunicações do SIRESP, portanto consideramos que é bem-vindo que estas penalizações sejam aplicadas e que seja possível renegociar as condições do contrato".
TSF\audio\2017\08\noticias\09\sc
Por outro lado, a deputada bloquista adianta que "a renegociação que consideramos que deveria ser feita era o resgate do SIRESP do consórcio privado. Que é um contrato lesivo para o erário público e para o Estado"
Já Rui Fernandes da Comissão Política do PCP considera que "um sistema desta natureza deveria estar nas mãos do Estado, mas isto não significa que o parceiro atualmente existente possa fazer do Estado gato-sapato sem que o Estado faça vincar o respeito pelas normas. Compete ao Estado acionar todos os mecanismos de defesa dos seus interesses".
TSF\audio\2017\08\noticias\09\rf
Contactado pela TSF, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães diz que, "face à gravidade do que foi dito pela ministra da Administração Interna", o partido remete para amanhã uma declaração pública sobre o caso. Também o PSD recusou-se a fazer um comentário durante a noite desta quarta-feira.