A lei estabelece que não é possível ser governante ao mesmo tempo que se integra corpos sociais de empresas. Luís Montenegro considera "inconcebível" que Siza Vieira não o soubesse.
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Luís Montenegro considera que ministro-adjunto sofrerá consequências políticas com a notícia de que infringiu a lei sobre incompatibilidades dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos.
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O ministro-adjunto abriu uma empresa imobiliária um dia antes de entrar para o Governo, da qual chegou a ser gerente, sem renumeração, e onde detém 50% do capital.
Para Luís Montenegro, "é absolutamente inconcebível, incompreensível", que Siza Vieira não tivesse conhecimento de que integrar corpos sociais de empresas ou desempenhar outras funções profissionais, remuneradas ou não, era incompatível com o desempenho de cargos políticos.
"Durante cerca de dois meses não tinha essa noção", garantiu o ministro. "Imediatamente renunciei e, devo dizer que, em qualquer caso, a sociedade não teve ainda infelizmente qualquer atividade comercial, não realizou qualquer transação imobiliária".
Esta é uma lei conhecida de todos, defende Montenegro. Com a polémica, Siza Vieira "deu ar de negligencia, de displicência que o diminui em termos de autoridade política" e cria um problema ao primeiro-ministro, de quem é amigo pessoal.
Carlos César desvaloriza. Lembra que se trata se uma sociedade constituída na véspera de o ministro integrar o Governo, "que nunca fez nenhum negócio nem tinha feito antes". No máximo, Siza Vieira é "gerente de coisa nenhuma".
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Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues