Esta quarta-feira, o Partido Comunista faz uma interpelação ao governo sobre saúde. O PCP considera que o SNS está fragilizado.
Corpo do artigo
A deputada Carla Cruz esteve em direto na Manhã TSF e sublinhou que este debate pretende chamar a atenção para um sistema alvo de desinvestimento e de vários ataques.
"O SNS está a ser alvo de uma ofensiva nunca vista, uma ofensiva orquestrada por grandes grupos económicos e que têm nos PSD e CDS os seus grande protagonistas e que visam desacreditar o SNS. Nestes últimos quatro orçamentos houve maiores transferências para o SNS, mas ainda insuficientes. É necessário que o governo dê respostas ao nível dos equipamentos e do investimento, porque o SNS está confrontado com equipamentos obsoletos e que precisam ser renovados".
A deputada Carla Cruz faz um balanço positivo de Marta Temido como ministra da saúde, mas ainda assim considera que está aquém das expectativas.
"Tem havido um discurso diferente sobre a centralidade e importância do SNS, mas quando olhamos para o que foi feito notamos ainda muita timidez na tomada de medidas que são necessárias e importantes".
O PCP considera que as reivindicações dos profissionais de saúde são justas, o SNS tem que ter melhores condições.
Pedro Passos Coelho acusou o PCP e o BE de só se indignarem com os cortes do governo do PSD, e de agora não se importarem de cortar. Na resposta, a deputada comunista Carla Cruz garante que o PCP não foi calado.
"Só quem quer colocar em causa a que foi a posição e a importância do PCP na interrupção do caminho de empobrecimento que o governo PSD/CDS queria prosseguir, é que faz uma afirmação dessas. Mas as nossas propostas ao longo destes anos mostram que o PCP não foi calado, bem pelo contrário, apresentamos propostas e continuamos a colocar aquilo que é importante".
Ideias que hoje vão marcar a interpelação que os comunistas vão fazer ao Governo.