Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, destaca Mário Soares como "alguém a quem devemos tanto, que não é possível agradecermos devidamente".
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"O facto de estarmos hoje aqui em liberdade e democracia, de termos a aspiração de sermos um país mais justo, mais desenvolvido, e para uma geração como a minha e como a vossa que estão aqui a trabalhar, só o podemos estar aqui a fazer porque ele lutou - com muitos, não foi sozinho - pela liberdade e democracia. Devemos-lhe isso e devemos-lhe tanto que não há forma de lhe agradecermos. Talvez a melhor seja continuarmo-nos a bater pelos valores e pelos ideais que ele sempre defendeu: a liberdade, a democracia, a tolerância, a justiça social e o progresso para o nosso país", declarou Fernando Medina.
Questionado sobre as palavras que usaria para caracterizar o antigo Presidente da República, o autarca destacou três: "coragem, tolerância e convicção".
Para Medina, Soares deixa a Portugal "um legado imortal", sublinhando que não existe "forma de lhe agradecer" tudo aquilo que fez por Portugal. "Mário Soares lutou sempre em todos os momentos pelos valores em que acreditava e que hoje são os fundadores da democracia portuguesa e nos quais nos revemos da esquerda à direita", acrescentou.
"O político mais moderno que o nosso país teve", disse ainda Fernando Medina, deixou como lição a todos os portugueses a sua "grande dedicação a Portugal, a sua coragem, a sua tolerância. É uma personalidade ímpar".
O presidente da Câmara Municipal colocou em homenagem um cravo vermelho junto à urna do histórico socialista, à passagem do cortejo fúnebre pela Praça do Município.