A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas defende que pais e mães devem ter o mesmo tempo de licença. Elza Pais, recandidata à liderança deste órgão, esteve no Almoço TSF.
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A deputada socialista Elza Pais defende a "paridade absoluta" na atribuição das licenças de parentalidade.
No dia em que anunciou a carta de compromisso, com que se apresenta a um segundo mandato à frente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas (DNMS), a investigadora e antiga secretária de Estado da Igualdade admitiu que ainda é utópico pensar na igualdade total entre géneros, mas afirmou que o caminho terá de ser feito.
E porque, na opinião da socialista, uma partido com mulheres fortes é, ele próprio, um partido mais forte, Elza Pais apresentou a "medida inovadora" defendida pelo DNMS que pretende que mãe e pais tenham direito a uma licença de parentalidade igual, após o nascimento do filho.
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Na carta que apresenta esta quinta-feira, Elza Pais defende igual poder para homens e mulheres, e acredita que a nova lei da paridade irá facilitar esse caminho.
As eleições para a liderança do departamento das mulheres socialistas estão marcadas para os dias 11 e 12 de maio, simultaneamente com as eleições para secretário-geral do PS. Em entrevista à TSF, Elza Pais garantiu que será aliada de António Costa, no próximo mandato como secretário-geral socialista, mas não deixará de tentar que Departamento Nacional das Mulheres Socialistas vá ainda mais longe que o partido.
"Os departamentos têm de andar à frente dos partidos, é para que isso que servem", admitiu Elza Pais. "Obviamente que seremos uma fonte de pressão".
Já em relação à missão para as próximas eleições legislativas, Elza Pais considera que mais do que ter o PS a pedir uma maioria absoluta, devem ser os portugueses a decidir dar essa maioria aos socialistas.
"Os portugueses e as portuguesas deviam dar ao Partido Socialista uma maioria absoluta, porque temos feito um trabalho absolutamente extraordinário", enalteceu a deputada. "Não foi só mudar de políticos, foi mudar de políticas", declarou.