Presidente do CDS antecipou eleições, traçou objetivos e falou sobre as propostas do partido para o país.
Corpo do artigo
Assunção Cristas fez a rentrée do CDS-PP em Ermesinde, apresentou várias propostas do partido para o país e garantiu que os centristas são os únicos que fazem frente ao governo de António Costa, o que representa, na sua visão, a única alternativa ao governo.
"Somos a alternativa a António Costa e às suas esquerdas. Somos o único partido que se recusa servir de muleta a António Costa", atirou a líder do CDS, salientando que para o partido "o futuro de Portugal não passa por António Costa à frente do Governo".
Como tal, Cristas fala no trabalho que está a ser feito no presente e que continuará "afincadamente" no futuro. "Ninguém nos demove, temos visão e ambição e sabemos que a alternativa somos nós e só nós", reforçou.
A centrista fala na existência de uma "oposição permanente e acutilante na denuncia dos graves problemas o país" mas também numa "oposição construtiva na apresentação constante de propostas alternativas", em áreas desde a educação à saúde, passando pela demografia, justiça, próximo quadro financeiro europeu às infraestruturas, cultura, descentralização e chegando à floresta e habitação.
"Em todos os pontos marcamos a nossa visão para as diferentes políticas públicas", salientou a presidente do CDS, transmitindo a ideia de que o partido "tem estado sempre na linha da frente".
E para marcar a rentrée, Cristas não deixou de revelar algumas das propostas que tem para o futuro do país, bem como reiterar algumas bandeiras bem conhecidas dos centristas.
Começou na saúde, a defender um setor "de primeira igual para todos", uma "saúde não pode depender do local onde moramos nem da dimensão da carteira que temos no bolso". E, para tal, insistiu na ideia de alargar a ADSE (Assistência na Doença aos Servidores do Estado) "a todos os portugueses que o desejarem".
A eliminação da sobretaxa do ISP também foi recordada. "Insistimos em confrontar o Governo e as esquerdas encostadas com o incumprimento da sua promessa de neutralidade fiscal a todos os portugueses", reforçou Assunção Cristas.
No seguimento, a líder dos centristas frisou que pedir que se ande de transportes públicos em vez de carro é "só quem não conhece o país para lá das grandes cidades", frisando que há zonas do país onde não há alternativas viáveis ao veículo privado.
O CDS quer ainda uma "política fiscal amiga das famílias em todos os impostos", para que a natalidade seja beneficiada, com uma "cobertura total de creches no país", passes sociais "para todos e para todo o país", com o intuito de haver uma conciliação trabalho-família e também com a possibilidade de os pais poderem trabalhar a partir de casa.
Em termos de justiça, Assunção Cristas trouxe para o discurso um dos temas que mais tem feito dividir opiniões no setor. Neste sentido, a líder do CDS pediu ainda a "recondução da atual procuradora-geral da República, que nos dá garantias de isenção e independência".
E quanto às eleições que o CDS tem pela frente, Cristas deixou bem claro que pretende "multiplicar o extraordinário trabalho que Nuno Melo tem feito" no Parlamento Europeu, deixou claro o objetivo de fazer um bom trabalho na Madeira e reiterou a ambição de "um dia poder ser a primeira escolha", tendo em conta que o CDS representará um "voto seguro" sendo a "alternativa" ao governo.